O desenrolar do debate sobre as emendas impositivas avançou mais um capítulo nesta quarta-feira, 23, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A proposta de emenda constitucional (PEC) que propõe o aumento para 2% no orçamento impositivo continua sendo uma das pautas mais discutidas entre os parlamentares.

Relembrando o dia anterior, na terça-feira, 22, Clécio Alves (Republicanos) deu início ao diálogo sobre o tema, questionando acerca da PEC estadual que estaria a cargo de Paulo Cezar Martins (PL). A coleta de apoio havia conseguido 39 assinaturas, porém, foi destacado a Paulo Cezar a condição financeira do Estado, resultando na não apresentação da lista por ele. O cenário é complicado pela recente apresentação, pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil), do Plano Plurianual e a projeção orçamentária para 2024, que indica uma redução na perspectiva de arrecadação.

A complexidade da situação se acentuou com a manifestação de Clécio Alves, na sessão desta quarta-feira. Em seu pronunciamento, o deputado do Republicanos foi enfático ao declarar: "O que foi feito está ajudando. Estão  sendo feitas rodovias, estão sendo feitas obras importantes, através do nosso governador."

Desafiador, ele continuou seu discurso dizendo que "se nós, deputados, tivemos dificuldade numa matéria como essa, nós podemos ir embora pra casa. Eu, que sou deputado do povo, se eu vier pra cá pra ficar escolhendo aquilo que eu vou fazer pra atuar como deputado, então, eu tenho que ficar em casa." E, ainda, acrescentou sobre a proposta inicial: "Eu nunca vi uma coisa sumir assim, esse projeto sumiu. Desapareceu. Sumiu igual fumaça. Mas ele existe, porque eu assinei ele."

Mas, em meio ao debate fervoroso, ele trouxe uma mensagem de comprometimento: "Nós, deputados, estamos aqui para representar o povo, para lutar por seus direitos e garantir um futuro melhor para Goiás. E é isso que estou fazendo."

Agora, o debate se aquece e a busca por assinaturas para o projeto continua. A expectativa é que a Alego siga dividida em relação a essa proposta. Mais detalhes devem surgir nas próximas sessões, com parlamentares cada vez mais ativos na defesa de seus posicionamentos.