Na manhã dessa quarta-feira, 20, a deputada Rosângela Rezende (Agir) participou da primeira mesa do evento “Nem toda deficiência é visível”, sediado no auditório 2, da Assembleia Legislativa. Realizado pelo Agir Goiás, com apoio da Procuradoria Especial da Mulher da Alego, o evento reuniu representantes de associações e especialistas em uma ação que busca fomentar o debate sobre os direitos das pessoas com deficiências não visíveis. Na mesa, também estavam a secretária de Projetos Especiais da Procuradoria da Mulher, Cristina Lopes; a vereadora Sabrina Garcez; a escritora Liliane Gonçalves Pina e a advogada Valéria Menezes.

As deficiências ocultas são tipos de deficiência que não podem ser identificadas em aspectos físicos do indivíduo, como o autismo, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e a fibromialgia. Essa dificuldade de identificação imediata gera preconceito e, consequentemente, atrapalha o acesso a direitos já adquiridos pelos portadores de deficiências, devido à deslegitimação de sua condição perante a sociedade.

Frente Parlamentar

Na Assembleia Legislativa, Rosângela Rezende apresentou um requerimento para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Autista. O objetivo é construir um espaço de discussão e construção de ideias na Casa, para que as políticas públicas cheguem até essa população. “As particularidades das deficiências não visíveis podem até ser um empecilho, mas não podem determinar o modo como falamos sobre isso e nem nos impedir de fazer algo a respeito”, defendeu a deputada.

Entre outros tratamentos e estímulos, as atividades culturais são ferramentas fundamentais na inclusão de portadores de deficiências ocultas. O Núcleo de Arte e Inclusão do Autista (NAIA), que hoje atende mais de 170 autistas, foi uma das associações convidadas como representação da inclusão que pode ser feita através da cultura e da arte, como o projeto “Autismo do Palco”.