Nesta terça-feira, 26, às 09:00h, no auditório 2 da Alego, o deputado Gustavo Sebba (PSDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), promoverá audiência pública híbrida para tratar do tema: "Status da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em Goiás".

A audiência contará com a presença dos deputados Bruno Peixoto (Presidente da Alego) e Gustavo Sebba (Presidente da Comissão de Saúde) para fazer a abertura. Em seguida, terá também a presença de várias autoridades e médicos especialistas para apresentarem palestras sobre o assunto (DPOC). Dentre eles, o Procurador da República Dr. Otávio Balestra Neto, a Dra. Fernanda Miranda de Oliveira (Presidente da Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia), o Farmacêutico Leon de França Nascimento, da Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (SENAI, SESI, IEL e CIRJ) - e Roney Pereira Pinto - Diretor do Centro Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (CEMAC). Secretários de saúde dos municípios de Goiás, estudantes e vários profissionais da área de saúde também foram convidados para participar do encontro.

No final da audiência, haverá um momento para os representantes dos municípios compartilharem oportunidades e desafios da DPOC e um debate.

O presidente da Comissão de Saúde explicou que é muito importante o diagnóstico rápido da DPOC, tendo em vista que, nesse caso, o paciente teria melhores condições de tratamento da doença. “Nos últimos dez anos, a DPOC foi a quinta maior causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes com mais de 40 anos, com gasto anual aproximado de 98 milhões de reais em hospitalizações. Portanto, quanto mais cedo o paciente obtiver o diagnóstico da DPOC, mais rapidamente ele poderá realizar o tratamento, evitando um quadro grave da doença, que poderá levar a uma internação”, concluiu Gustavo.

DPOC

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença respiratória que afeta cerca de 17% da população brasileira acima de 40 anos, sendo a terceira principal causa de mortes no mundo em 2021, excluindo a COVID-19. Além disso, afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Outro agravante para o cenário da DPOC é o subdiagnóstico. No Brasil, estima-se uma taxa de subdiagnóstico de 71,4% em pacientes com fatores de risco atendidos na atenção primária. Além disso, 50% dos diagnósticos são feitos já em estágios avançados da doença. Embora não tenha cura, atualmente a sua fisiopatologia é conhecida e o tratamento adequado e personalizado pode mitigar tanto os sintomas como os riscos futuros. A principal diretriz mundial utilizada para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com DPOC é a GOLD (Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Entre seus principais objetivos estão: aumentar a conscientização sobre a DPOC e melhorar a prevenção e o tratamento dessa doença pulmonar. É muito importante ressaltar o impacto da prevenção de exacerbações no tratamento da DPOC, já que elas ocorrem com mais frequência em pacientes mais graves e estão associadas a custos diretos de saúde consideravelmente mais altos quando comparados aos pacientes com condições mais leves da doença, que apresentam menor frequência de exacerbações.