No dia 16 de outubro, às 13 horas, a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa realiza, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), uma audiência pública sobre a reativação do Fórum Goiano de Mudanças Climáticas (FGMC). A iniciativa busca angariar a atenção e apoio da sociedade civil para a retomada das atividades do fórum, que está inativo há seis anos.

Criado em 2016, pelo Decreto nº 8.652, o Fórum Estadual surgiu com o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade goiana a respeito das mudanças climáticas, bem como da preservação dos recursos naturais, com a finalidade de subsidiar a elaboração e implementação de políticas públicas relacionadas aos temas. O espaço de discussão contribui com a participação de todos os setores da sociedade, que precisam fazer parte dessa discussão.

“Essa volta acontece em um momento oportuno, em que estamos com diálogo aberto com a sociedade e com o poder público, que enxerga a importância social e econômica de debater esse tema. O fórum é o espaço ideal para que a gente construa, juntos, ideias, projetos, ações e perspectivas para um futuro mais sustentável em Goiás”, destacou a deputada Rosângela Rezende, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a respeito do momento escolhido para a reativação do fórum.

Adaptação e mitigação

Entre as estratégias que serão discutidas no fórum e na audiência, o governo estadual propõe uma política com foco em ações de adaptação e mitigação. O critério de adaptação é um conceito que prevê a adequação dos modos de vida da sociedade às mudanças causadas pelas alterações climáticas, como chuvas intensas, focos de queimadas em determinadas regiões, ondas de calor e seca hídrica, que influenciam diretamente nas atividades agrícolas, dependentes do funcionamento do ecossistema da natureza.

 Já o critério de mitigação tem enfoque nas ações que podem ser feitas para refrear a ocorrência de mais alterações climáticas. Até o momento, o fórum determina a promoção da sustentabilidade territorial, o desenvolvimento de um plano de ação e trajetória climática e o fomento ao mercado de carbono. Entre as ações promovidas pela Assembleia Legislativa estão o plantio de mudas de árvores nativas do Cerrado nos 246 municípios goianos e o oferecimento de cursos gratuitos para a formação de gestores municipais em políticas públicas e licenciamento ambiental.

Ambas fazem parte da 5ª edição do Programa Virada Ambiental, lançada em junho pela Comissão de Meio Ambiente e diversos parceiros, em uma ação de recuperação do Cerrado e de manutenção da preservação através da informação e da promoção da consciência ambiental na sociedade.