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Virmondes lança movimento contra fim do parcelamento sem juros no cartão
Durante a sessão plenária desta quarta-feira, 8 de novembro, o deputado Virmondes Cruvinel (UB), que é presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, fez uso da tribuna para propor a instalação do movimento contra o fim do parcelamento sem juros pelo cartão de crédito (PSJ).
“Estou preocupado com a situação que tenho visto, não só em Goiás, mas no Brasil. Vamos começar aqui um movimento contra o fim do parcelamento sem juros nas compras por cartão de crédito”, informou, ao se referir à situação defendida pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban).
“Essa é uma realidade que atinge todo cidadão brasileiro, que usa o cartão, parcela e consegue fazer suas aquisições. E, além disso, tem ferido muitos empreendedores”, reiterou Virmondes.
O deputado prosseguiu afirmando que “ele (parcelamento sem juros) permite que se adquira produtos e serviços de forma mais acessível e ajustada a qualquer orçamento, enquanto oferece, ao comércio e prestadores de serviços, uma linha de crédito mais econômica para o capital de giro”.
Cruvinel destacou que as entidades já formam uma grande mobilização para defender a manutenção do PSJ. Ele prosseguiu em sua fala, informando vários dados sobre essa modalidade de crédito no país:
“O parcelado sem juros movimenta R$ 1 trilhão (10% do PIB) e tornou-se essencial para o varejo brasileiro".
"Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) destaca que 9 em cada 10 varejistas adotam o PSJ como estratégia de vendas".
"Segundo o Datafolha, 75% da população fez uso da modalidade em 2022".
“O Instituto Locomotiva revelou que cerca de 115 milhões de brasileiros alcançaram seus sonhos de consumo por meio do PSJ e que 42% das pessoas reduziriam seus gastos pela metade caso não pudessem parcelar sem juros".
"Dados do Sebrae apontam que 39% dos donos de pequenos negócios usam esse crédito como financiamento".
A extinção do PSJ é uma proposta da Febraban, em resposta a uma demanda colocada pelo Governo Federal: a redução dos juros do cartão de crédito. O Banco Central também entrou no debate, sugerindo a possibilidade de limitar o parcelamento sem juros a 12 meses.
Para Virmondes, o debate não pode ficar só na mão do mercado financeiro. "É preciso considerar o impacto social”, alertou. Ele apontou para algumas entidades já mobilizadas: CNC, Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Proteste (consumidores), Abad (atacadistas), Abrasel (bares e restaurantes), Afrac (automação comercial) e Anamaco (material de construção).
O deputado pontuou, ainda, que o Sebrae também entrou na briga: fim do PSJ pode ser um desastre para as micro e pequenas empresas, que são pilares fundamentais da geração de renda e emprego no Brasil. “Manter o PSJ é fundamental: desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável. Acesso ao consumo para milhões de famílias brasileiras”, sublinhou.