O deputado estadual Cristiano Galindo (Solidariedade) apresentou à Assembleia Legislativa de Goiás um projeto de lei que institui uma Política de Diagnóstico e Tratamento da Depressão Pós-Parto nas redes pública e privada de saúde. A iniciativa visa proporcionar mais suporte às gestantes e mães no enfrentamento de uma condição que afeta cerca de 25% das mulheres brasileiras após o parto, muitas vezes em silêncio.

O projeto de lei propõe que a depressão pós-parto, uma condição que pode se manifestar até seis meses após o nascimento do bebê, seja reconhecida e tratada de forma sistemática em todo o Estado. A política estabelecida busca detectar sinais precoces da doença e promover o tratamento adequado para prevenir suas graves consequências tanto para as mães quanto para os recém-nascidos.

Entre os principais objetivos do projeto estão: a detecção precoce da depressão pós-parto por meio de pesquisas e diagnósticos; a prevenção e mitigação das complicações associadas à condição; a conscientização de pacientes e profissionais de saúde sobre os sintomas e a seriedade da depressão pós-parto; o acompanhamento contínuo das mulheres diagnosticadas; e a coleta de estatísticas para garantir uma melhor compreensão do número de casos e das condições de saúde das mães afetadas.

Galindo também destaca a importância de parcerias com universidades e centros de pesquisa para fomentar estudos e desenvolver novas terapias para o tratamento da depressão pós-parto.

De acordo com o deputado, a chegada de um bebê, ainda que seja um momento de grande alegria, traz desafios emocionais e físicos que podem desencadear a depressão. A proposta busca garantir o atendimento adequado a essas mães, ajudando a prevenir situações mais graves, como negligência e até tentativas de suicídio.

“A depressão pós-parto, se não diagnosticada e tratada, pode afetar drasticamente a vida da mãe e do bebê. Estamos propondo uma política que assegure a essas mulheres o suporte necessário para superarem esse período de dificuldades, oferecendo acompanhamento psicológico e médico”, explicou Galindo.

O deputado ressaltou que a falta de políticas públicas voltadas para o tratamento da depressão pós-parto deixa muitas mães sem o devido apoio, e que essa proposta visa mudar essa realidade, garantindo um ambiente mais acolhedor e seguro para as mães e seus filhos.

Caso aprovado, o projeto deverá fortalecer as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás, promovendo uma maior inclusão e assistência para mães que sofrem com a depressão pós-parto. O texto também prevê que entidades filantrópicas, que recebem verbas do Estado, façam parte da implementação das diretrizes do projeto, ampliando ainda mais o alcance da política.

Cristiano Galindo concluiu destacando a importância de tratar a depressão pós-parto como uma questão de saúde pública: “É nosso dever garantir que essas mulheres recebam o atendimento necessário, assegurando tanto o bem-estar delas quanto o de suas crianças”.

A proposta, que aguarda aprovação na Assembleia Legislativa de Goiás, representa um avanço significativo na proteção da saúde mental das mães no Estado.