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“O Plano de Cargos e Remuneração dos técnicos-administrativos é essencial para a sobrevivência da UEG”, diz Antônio Gomide

A Assembleia Legislativa de Goiás sediou, na manhã desta sexta-feira, 25, uma audiência pública para discutir o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) dos servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A iniciativa é do deputado estadual Antônio Gomide (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da UEG, e reuniu representantes da reitoria, sindicatos, docentes, técnicos e membros do governo estadual.
Durante a abertura, Gomide classificou o encontro como um “momento histórico” para a universidade e enfatizou que o plano de carreira para os técnicos é peça-chave para garantir a autonomia administrativa e financeira da UEG. “A legislação é a nossa forma de luta para conquistar direitos. E o plano dos técnicos administrativos é fundamental para a sobrevivência da universidade”, declarou.
Segundo o parlamentar, a audiência não teve como objetivo convencer sobre a importância do PCR, mas, sim, unir esforços para acelerar a tramitação do projeto na Assembleia. “Todos aqui já estão convencidos da importância do plano. O que nos falta agora é transformá-lo em lei. O PCR é fundamental para a sobrevivência da UEG. Todos nós estamos convencidos disso”, destacou.
Atualmente, a UEG conta com cerca de 650 técnicos administrativos, que continuam sem um plano de carreira estruturado, mesmo após a aprovação, em 2024, do plano dos professores — conquista que trouxe dedicação exclusiva e melhores condições de trabalho ao corpo docente.
Reconhecimento
O reitor da instituição, Antônio Cruvinel, destacou que a universidade apoia e reconhece a necessidade do PCR. Ele avaliou que o principal ativo que a UEG possui são os servidores. “A universidade forma pessoas. Então, por mais que seja necessária uma boa estrutura, estamos investindo nessas questões. Ainda temos muito por fazer. Valorizar as pessoas que fazem parte da nossa comunidade é o objetivo primário”, afirmou.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (Adueg), Marcelo Moreira, ressaltou a necessidade de mobilização não somente dos servidores técnico-administrativos, mas também dos docentes, estudantes e de toda a sociedade. “Estamos dando apoio incondicional a essa causa. Gomide, que já nos conhece há muito tempo, sabe que, em um passado não tão distante, fazíamos grandes mobilizações com uma só pauta para os três segmentos da universidade. Assim construímos a UEG. De uns tempos para cá, algo aconteceu e a luta se fragmentou. Estamos inaugurando um novo momento”, afirmou.
Representando o Grupo de Trabalho do Conselho Universitário – Conselho Superior Universitário (CSU), Rejane Borges destacou os avanços nas discussões do PCR junto ao governo estadual, sobretudo a partir do empenho da categoria e do apoio recebido de discentes, docentes e do reitor, o que possibilitou a construção de uma minuta coletiva. “Nós, técnicos, fazemos não somente gestão administrativa, mas também atividades acadêmicas, de ensino e extensão. Os PCRs atualmente não contemplam essas atividades. O novo plano tenta corrigir os desvios de função que ocorrem”, disse.