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Rosângela Rezende defende manutenção de atendimento a pessoas autistas em clínicas especializadas descredenciadas por plano de saúde

20 de Maio de 2025 às 16:24
Rosângela Rezende defende manutenção de atendimento a pessoas autistas em clínicas especializadas descredenciadas por plano de saúde

O descredenciamento, por parte do plano de saúde Unimed, de clínicas multidisciplinares especializadas no atendimento de jovens e crianças no espectro autista tem causado angústia entre centenas de famílias em Goiânia.

Cerca de 400 crianças autistas, que vinham sendo acompanhadas em instituições de excelência, foram avisadas abruptamente que, dentro de 45 dias, serão privadas dos serviços terapêuticos fundamentais para o desenvolvimento e bem-estar que vinham realizando nestes locais.

Em busca de caminhos e soluções possíveis para a manutenção dos serviços de saúde nas clínicas em questão, a deputada estadual Rosângela Rezende (Agir) recebeu em seu gabinete, nesta segunda-feira, 19, as mães atípicas Sarah Ribeiro e Evelyn Mendonça, acompanhadas do advogado Dr. Júlio Meirelles.

“Fui secretária de Saúde em Mineiros por 12 anos. E tem um ditado que é imperativo quando tratamos de gestão neste campo: saúde não tem retrocesso! E será esta a nossa defesa para que estas 400 crianças não tenham seus tratamentos impactados”, defende a parlamentar.

Mudança na rotina provoca crises de autorregulação em pessoas autistas

Mãe de duas crianças com espectro autista, Sarah Ribeiro conta que ela e as demais famílias receberam a notícia do descredenciamento por WhatsApp, sem maiores explicações. “Na última quinta-feira, 15, chegou uma mensagem dizendo que as clínicas seriam descredenciadas do plano dentro de 45 dias, e que nós procurássemos outros locais para continuar com o acompanhamento terapêutico dos nossos filhos.”

No entanto, o que ambas as mães reforçaram é que não há clínicas credenciadas em número suficiente para acolher todos aqueles que ficarão sem atendimento. “Na minha região, há apenas uma clínica. Ela parando de nos atender, teremos que lutar por vagas com outras famílias em clínicas de outras regiões. Não temos garantia de que haverá vagas, porque vivenciamos esta realidade diariamente, além de estarmos vivendo em desespero por saber como isso impactará nossos jovens e crianças”, detalha Evelyn Mendonça.

Isso tudo porque a quebra de rotina desregula as pessoas autistas, provocando desorganização sensorial e emocional, desestabilizando o comportamento e até mesmo provocando crises diversas. “Um deslocamento longo no trânsito é terrível para minha filha. Recentemente, ela convulsionou na corrida por aplicativo. Há crianças que precisam ser internadas após estes episódios”, explica Sarah.

Além disso, elas reforçam que cada jovem e criança possui um plano terapêutico específico que é construído e desenvolvido de acordo com a realidade de cada um, e que uma interrupção deste protocolo pode significar a regressão no desenvolvimento terapêutico destas centenas de pessoas.

Informe abrupto poderá ser debatido em audiência pública, na Alego

Diante da aflição de todas estas famílias, representadas por Sarah e Evelyn, a deputada Rosângela Rezende informa que buscará realizar uma audiência pública para que mães, pais e responsáveis possam expor seus temores e dificuldades, e para que a empresa possa debater suas razões diante da sociedade.

A parlamentar também fará o encaminhamento do caso ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), de modo que os Centros de Apoio Operacional às Procuradorias e Promotorias de Justiça possam proceder com as devidas análises nos campos da saúde, da educação e do direito do consumidor.

A deputada é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Autista e vice-presidente da Comissão de Assistência Social da Assembleia Legislativa de Goiás, e tem no apoio às famílias atípicas uma das principais frentes de seu mandato, com ações efetivas na luta pela inclusão e na defesa por direitos.

“É evidente o prejuízo à saúde de centenas de jovens e crianças que este descredenciamento irá causar. A maternidade atípica precisa ser cuidada e amparada pela sociedade. Temos inúmeros casos de famílias que se mudaram para perto destas clínicas em razão do acompanhamento terapêutico de qualidade que podiam garantir a seus filhos. Precisamos defender que cada um deles permaneça com o tratamento que, segundo o que relatam, tem sido tão positivamente efetivo no desenvolvimento de cada um”, pontua Rosângela Rezende.

Famílias organizam protesto nesta quarta-feira  em frente à Unimed Goiânia

Em uma tentativa de mobilizar o plano de saúde, bem como outros setores da sociedade civil, as famílias diretamente impactadas pela decisão da empresa, e também amigos da causa e famílias que possuem filhos em tratamento em outras regiões, mas que compreendem o sofrimento causado pelo impacto desta decisão, farão um protesto pacífico em frente à sede da Unimed, na Avenida T-7, no Setor Bueno, nesta quarta-feira, 21, às 8 horas.

Gabinete Dep. Rosângela Rezende Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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