A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), presidida pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT), apresentou um balanço técnico das atividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2025. Com foco na preservação do Cerrado e no fortalecimento da legislação ambiental, a comissão tem se consolidado como um espaço estratégico para o debate qualificado de políticas públicas sustentáveis em Goiás.

Entre os principais eixos da atuação do colegiado, destacam-se o enfrentamento ao desmatamento ilegal, a proteção das nascentes e a promoção da educação ambiental. O semestre foi marcado por debates técnicos, como a audiência pública sobre descarbonização, que reforçou o papel da Assembleia na preparação de propostas para a COP 30, a ser realizada em novembro, em Belém (PA). A comissão também atuou na articulação com parlamentares e entidades ambientalistas, ampliando o diálogo sobre práticas sustentáveis e melhorias na legislação estadual.

Durante a Conferência Estadual do Meio Ambiente, a comissão levou à pauta temas urgentes, como a ausência de políticas públicas para o descarte de resíduos sólidos em municípios de pequeno porte e a necessidade de ampliar a proteção das nascentes do estado. Segundo Gomide, 80% das cidades goianas têm menos de 20 mil habitantes e enfrentam dificuldades estruturais para lidar com os lixões, o que exige a formulação de soluções regionalizadas.

A agenda legislativa do semestre incluiu a análise e validação de projetos com ênfase na preservação ambiental e na sustentabilidade hídrica. Entre as proposições em destaque estão a criação de corredores ecológicos, o selo “Amigo do Clima” e medidas voltadas à valorização do Cerrado como bioma estratégico. A comissão também apresentou projetos de incentivo à educação ambiental, reconhecendo seu papel estruturante na formação de uma cultura de cuidado com os recursos naturais.

Para o segundo semestre, a comissão projeta ampliar as ações voltadas à conservação do bioma Cerrado e ao fortalecimento de políticas públicas ambientais. Estão previstas novas audiências públicas, parcerias institucionais e o aprofundamento do debate técnico com especialistas, pesquisadores e a sociedade civil. A proposta é seguir com a pauta do “Cerrado em pé”, garantindo maior visibilidade ao tema na COP 30 e em fóruns nacionais.

Além da presidência da Comissão de Meio Ambiente, o deputado Antônio Gomide coordena duas frentes parlamentares na Alego: a Frente em Defesa da Chapada dos Veadeiros e a Frente Parlamentar em Defesa do Cerrado. Ao longo dos últimos anos, consolidou-se como um dos principais articuladores da pauta ambiental no Legislativo estadual, com a aprovação de 14 leis ambientais que tratam da conservação do solo, proteção de nascentes, uso sustentável da água, educação ambiental e incentivo à pesquisa científica.

Entre as iniciativas destacadas estão o monitoramento, por satélite, dos 12 parques estaduais e dois federais localizados em Goiás, em parceria com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig/UFG), e o projeto Sementes do Futuro, desenvolvido com a PUC Goiás para aproximar estudantes da biodiversidade do Cerrado.