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Durante seminário, Antônio Gomide destaca urgência na preservação do Cerrado

O deputado estadual Antônio Gomide (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Goiás, reforçou, nessa quarta-feira,13, a necessidade de tornar a preservação do Cerrado prioridade política e social no estado. A fala ocorreu durante o Seminário Prospecção Fiocruz Cerrados: Defesa e promoção da sociobiodiversidade do bioma Cerrado, realizado em Goiânia.
Participando da mesa de abertura, Antônio Gomide ressaltou a importância de parcerias entre instituições, comunidades tradicionais e órgãos públicos para que a defesa do bioma ganhe protagonismo. “É muito sério, é muito bom, e eu estou aqui pela seriedade da Fiocruz. Sei o quanto podemos juntos. Na Assembleia, estamos à disposição para somar esforços e construir essa defesa do Cerrado”, afirmou.
O parlamentar chamou atenção para o contraste entre a riqueza econômica de Goiás e os indicadores sociais, apontando que mais de um milhão de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no estado. Para ele, o desafio é enfrentar o desafio de se colocar o meio ambiente em primeiro plano, diante da desigualdade de forças.
“Nós somos produtores de soja, nós somos produtores de cana, nós somos produtores de milho, e nós temos mais de um milhão de pessoas em Goiás que estão abaixo da linha de pobreza. Nós temos um Estado rico e um povo pobre. Então, essa relação do Cerrado com as forças políticas, o agronegócio com a força política, é um grande desafio nosso para que a gente possa verdadeiramente interferir e dizer daquilo que nós queremos para o meio ambiente, daquilo que nós queremos traduzir, não só a cultura, não só a educação, não só a saúde, mas o meio ambiente, a qualidade de vida”, disse.
Antônio Gomide enfatizou a necessidade de se garantir na Constituição a proteção do Cerrado e do Pantanal. Ele defendeu que a preservação seja articulada com políticas de saúde, educação e cultura, reforçando que a solução passa pela união de diferentes setores. “A saída é unir as comunidades, a saúde, a educação e a cultura, para que possamos proteger o que temos de mais valioso”, salientou.