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Homenagem a educadores proposta pelo deputado Mauro Rubem destaca desafios e conquistas da categoria

06 de Outubro de 2025 às 11:59
Homenagem a educadores proposta pelo deputado Mauro Rubem destaca desafios e conquistas da categoria

Em sessão solene extraordinária realizada na manhã desse sábado, 4, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o Parlamento goiano homenageou 267 profissionais da educação do Estado e o gabinete do deputado prestou homenagens a mais 65 pessoas que se destacaram.

A iniciativa, do deputado Mauro Rubem (PT), antecede o Dia Mundial dos Professores, comemorado no dia 15 de outubro. O evento teve lugar no Plenário Iris Rezende.

Além do deputado, compuseram a mesa da solenidade: a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e presidente do Fórum Estadual de Educação de Goiás, Lueli Nogueira Duarte e Silva; a professora e historiadora Ana Rita Marcelo de Castro; o pedagogo Rafael Gomes; a escritora Raquel Machado; e a professora de Língua Portuguesa e chefe de gabinete de Mauro Rubem, Vania França.

Ao abrir a sessão, o legislador ressaltou a importância da educação e da criatividade para a construção de uma sociedade melhor. Ele mencionou a apresentação à Casa do projeto de lei nº 22471/25, para a criação da Comenda Paulo Freire, com o objetivo de premiar professores das redes pública e privada por suas boas práticas pedagógicas.

 

O parlamentar incentivou os profissionais a não desistirem da educação: “mesmo diante dos desafios gigantescos, vocês são o exemplo vivo que motiva os jovens a estudar para serem futuros cidadãos críticos e participativos”.

Em seguida, a escritora Raquel Machado expressou gratidão pela homenagem em nome de todos que, segundo ela, acreditam que "a educação é a maior ferramenta de transformação social". Ela falou sobre sua contribuição através da literatura infantil e apresentou seu novo livro, "Fantástica Oficina de Arthur", que aborda a criatividade, a imaginação e a questão do meio ambiente.

A professora Vania França elogiou o deputado, destacando sua atuação em defesa da educação, da saúde, dos direitos humanos e da população em geral. Ela mencionou ter presenciado a "implantação do plano de carreira do administrativo, do cumprimento do plano de carreira do professor, do plano municipal de educação".

França estendeu a homenagem a todos os profissionais da categoria, como merendeiras, auxiliares e de serviços diversos, ressaltando o valor do trabalho que realizam nas escolas. Ela afirmou que o profissional da educação se desdobra muito além daquela atribuição que está ali no seu contrato ou no seu concurso.

Lueli Nogueira defendeu a educação como um "arco político". Ela discorreu sobre a necessidade de defender a soberania, a democracia e a independência, além de lutar pelo respeito à Constituição Federal. Lueli trouxe à memória a Carta de Goiânia, que completa 40 anos em 2026. Segundo a diretora, o documento estabeleceu princípios que asseguram o direito a uma educação "pública, laica, de qualidade e socialmente inclusiva".

A educadora também destacou que a homenagem deve ser estendida a todos os profissionais da educação e não apenas aos professores.

Lueli Nogueira abordou, ainda, a necessidade de melhores condições de trabalho, como salários justos, plano de carreira e remuneração, principalmente para os profissionais administrativos. Ela lembrou o adoecimento dos educadores, muitas vezes relacionado à pressão por resultados e ao alcance de metas. E questionou a validade de processos avaliativos que, segundo ela, "adoecem" não só os profissionais, mas também os alunos.

A diretora defendeu a gestão democrática nas escolas e a participação da comunidade escolar nas decisões. Para ela, a celebração do Dia do Professor "não pode se reduzir a flores, frases prontas ou homenagem protocolada", mas deve envolver a análise da realidade em sala de aula, as jornadas de trabalho e a violência crescente contra os educadores. Nogueira também afirmou que "se educar é um ato de amor, também é um ato de coragem".

A professora Ana Rita Marcelo de Castro usou o momento de fala para ressaltar o poder transformador da educação e a capacidade dos profissionais de "tocar a vida das pessoas".

O pedagogo Rafael Gomes direcionou sua fala para a invisibilidade dos servidores administrativos. Ele descreveu a categoria como "sem vez, sem voz e sem lugar" por um longo período, mencionando que esses profissionais, muitas vezes doentes e com problemas de saúde física e psiquiátrica, se sentem desrespeitados e sem perspectiva.

Gomes afirmou que, durante muito tempo, apenas professores eram homenageados e que a situação dos administrativos tem piorado, com a negação de direitos básicos como o acesso à saúde. O pedagogo disse que a educação está se tornando um "depósito de trabalhador adoecido", o que, em sua visão, inviabiliza uma educação de qualidade.

Ao concluir, ele questionou a capacidade dos profissionais em exercer a docência e em lidar com a inclusão de crianças com deficiência, destacando que a educação deve envolver toda a comunidade e não apenas o trabalho do professor em sala de aula.

Gabinete Dep. Mauro Rubem Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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