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Gomide destaca legado da PUC Goiás em celebração aos 66 anos da instituição na Alego

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) destacou a relevância histórica da instituição e sua contribuição para a democracia brasileira, durante sessão solene em homenagem aos 66 anos da PUC Goiás, realizada nesta quinta-feira, 16. A solenidade, presidida pelo parlamentar, contou com a presença do arcebispo de Goiânia, Dom João Justino; da reitora da instituição, Olga Izilda Ronchi; da superintendente geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura; pró-reitores e homenageados.
“A Universidade Católica, carinhosamente hoje conhecida como PUC Goiás, tem um grande legado na defesa da democracia, dos direitos humanos e da ciência”, afirmou. Ele lembrou que, “no tempo do arbítrio, a Universidade Católica apoiou a abertura política e teve início uma luta pela anistia nos idos de 1976 até a promulgação da Constituição Cidadã de 1988”, ressaltando que a instituição abriu espaço para o debate e para o fortalecimento da vida democrática em Goiás.
O parlamentar ressaltou ainda a relevância acadêmica e social da PUC Goiás, que hoje oferece 44 cursos de graduação presenciais, 25 cursos a distância, além de 11 programas de mestrado e seis de doutorado. Para Gomide, os números refletem a grandiosidade da universidade, mas sua importância vai além da qualidade do ensino. Ele lembrou a atuação pioneira na defesa dos povos indígenas e do bioma Cerrado, citando a criação do Instituto Trópico Subúmido, em 1992, e do Instituto Goiano de História e Antropologia, referências na pesquisa sobre comunidades tradicionais e na preservação da biodiversidade.
Antônio Gomide citou o projeto Sementes do Cerrado, fruto da parceria do mandato com a PUC-Goiás, que possibilita visitas de estudantes ao Memorial do Cerrado. “Estar no Memorial do Cerrado foi como entrar num livro vivo. É uma aula de biodiversidade”, disse, reproduzindo a fala de um aluno participante da iniciativa.
Importância histórica
O arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, disse que “são mais de seis décadas de uma trajetória marcada pela fé, pela perseverança, pela ciência, pelo compromisso cristão com a formação integral da pessoa humana”, afirmou.
Ele lembrou que a universidade nasceu “do sonho ousado da Igreja em Goiás, sobretudo sob o impulso e a visão pastoral de Dom Fernando Gomes dos Santos”, tornando-se um farol de conhecimento, cidadania e evangelização.
Dom João Justino ressaltou ainda a importância da formação oferecida pela instituição, que já preparou mais de 120 mil profissionais em diferentes áreas. “O testemunho de seus egressos, atuando nas mais diversas áreas da vida social, é sinal eloquente de que a PUC Goiás permanece fiel à sua missão: unir fé e razão, ciência e ética, saber e solidariedade”, disse. Para Dom João Justino, celebrar os 66 anos da universidade é também “um ato de gratidão e de esperança”.
A reitora, professora Olga Izilda Ronchi, destacou a trajetória da instituição desde suas origens e sua contribuição para a educação em Goiás. Ela lembrou que as primeiras sementes da educação no Estado foram lançadas ainda na década de 1920, quando “Goiás era um imenso vazio demográfico e um imenso vazio educacional”. Para a reitora, a fundação da universidade, em 1959, foi fruto desse movimento histórico que consolidou a educação como base do desenvolvimento. “Falar da estrutura da PUC Goiás não faz sentido. Somente faz sentido pelas pessoas que nela lidam”.
Olga Izilda enfatizou ainda que a missão da universidade é preparar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de enfrentar os desafios sociais e culturais do presente. “A verdadeira inovação não é apenas técnica, mas uma recriação cultural e social”, disse, citando o Papa Francisco. Para ela, a PUC Goiás é chamada a ser “um lugar do diálogo crítico, mas também de esperança ativa”, unindo ciência e humanismo cristão.
Missão
A pró-reitora de Graduação, professora Sônia Margarida, ressaltou a missão da instituição de formar jovens comprometidos com a transformação social. Em sua fala, ela compartilhou uma reflexão atribuída à antropóloga Margaret Mead: “O primeiro sinal de civilização foi um fêmur quebrado e cicatrizado”, explicou, lembrando que esse gesto simboliza o cuidado com o outro, o compromisso de não deixar ninguém para trás e a força da coletividade. Para a pró-reitora, esse mesmo princípio se reflete no trabalho dos educadores. “Nós, professores e funcionários da PUC Goiás, escolhemos dedicar nossas vidas ao conhecimento, à ciência e à educação superior. De alguma forma, nós ressignificamos esse gesto inaugural da humanidade, cuidando e educando o outro, preservando a vida.”
A professora destacou que a verdadeira grandeza de uma sociedade está em colocar a pessoa humana no centro, buscando justiça social e a superação das desigualdades. “Profissionais que aqui estamos temos este compromisso: usarmos as nossas capacidades para promover o bem comum e o desenvolvimento da humanidade”, afirmou.