O deputado estadual Luiz Sampaio (Solidariedade) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás nesta terça-feira, 11, para fazer um apelo em defesa dos produtores rurais e pedir a realização de uma audiência pública com o objetivo de discutir os problemas enfrentados pelo setor agropecuário goiano.

Durante o pronunciamento, o parlamentar destacou a gravidade da situação vivida por agricultores e pecuaristas em todo o Estado. Ele citou a queda no preço do leite, o aumento dos custos de produção, a falta de incentivos fiscais e subsídios e a recente decisão do Governo Federal sobre o antidumping do leite, que coloca em risco a sobrevivência de milhares de famílias do campo.

“Essa situação não é apenas um dado econômico, é uma realidade dolorosa. Eu recebo diariamente mensagens de produtores desesperados, sem saber como vão pagar as contas ou sustentar suas famílias. Um amigo meu, produtor rural, não resistiu à pressão e tirou a própria vida por causa das dívidas. Isso é inaceitável”, lamentou o deputado.

Luiz Sampaio enfatizou que o momento exige união e articulação entre os poderes públicos e as entidades representativas do agronegócio.

“É hora de nos unirmos em uma grande mobilização pelo produtor rural. Faço aqui um chamado às instituições que representam o agronegócio e a pecuária do nosso Estado, a FAEG, a CNA, o Sindileite, o Proleite, os sindicatos rurais e todas as entidades ligadas à agricultura e à produção de alimentos”, afirmou.

O parlamentar defendeu que a Assembleia Legislativa lidere esse movimento, articulando junto ao Governo Federal, ao Ministério da Agricultura e aos órgãos competentes soluções concretas que garantam o equilíbrio financeiro do setor e evitem o colapso produtivo.

“O produtor não quer favor, quer respeito, apoio e condições dignas para continuar produzindo o alimento que chega à mesa de todos os brasileiros. O campo está pedindo socorro. E esta Casa tem a responsabilidade de ouvir, agir e propor soluções para devolver esperança e sustentabilidade ao setor que sustenta o nosso Estado e o nosso país”, concluiu Sampaio.