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A importância do etanol para a economia brasileira
O etanol (álcool etílico) é um álcool derivado de cereais e vegetais. No Brasil, utiliza-se a cana-de-açúcar para a produção do etanol, enquanto nos Estados Unidos e México é utilizado o milho. É utilizado na fabricação de bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja, aguardente, vinho), produtos de limpeza doméstica e também de combustíveis para automóveis. Apresenta-se na forma de um líquido incolor e sua fórmula química é C2H5OH.
CH3CH2OH, esta é a fórmula do ethanol. Tecnicamente, pode ser produzido a partir da fermentação de açúcar, amido ou celulose, sendo que a forma de melhor aproveitamento é a partir da cana-de-açúcar. O aproveitamento energético pode chegar a 7/1(gastamos um litro de álcool para produzir sete litros do etaanol hidratado. O processo tem as fases seguintes: 1-esmagamento da cana; 2-adição de fermento à calda obtida; 3-remoção de resíduos através do processo de centrifugação; 4-depois de devidamente fermentado, o “mosto”, como é chamado, deve ser aquecido a exatos 78,3°C, quando o álcool existente na mistura evapora e sofre o processo de destilação, sobrando na ponta o álcool hidratado ou anidro, e as necessidades do fabricante.
Para uso carburante, em automóveis, basicamente é exigida uma taxa de compressão maior do motor, e um fluxo também maior de combustível e comburente (ar).
O etanol (C2H6O), também chamado de álcool etílico, é uma substância obtida da fermentação de açúcares, encontrado em bebidas como cerveja, vinho e aguardente, bem como na indústria de perfumaria. No Brasil, tal substância é também muito utilizada como combustível de motores de explosão, constituindo assim um mercado em ascensão para um combustivel obtido de maneira renovável, é o estabelecimento de uma indústria de química de base, sustentada na utilização de biomassa de origem agrícola e renovável.
O etanol é o mais comum dos álcoois. Os alcoóis são compostos que têm grupos hidroxilo ligados a átomos de carbono sp3. Podem ser vistos como derivados orgânicos da água em que um dos hidrogênios foi substituído por um grupo orgânico. As técnicas de produção do álcool, na Antiguidade, apenas restritas à fermentação natural ou espontânea de alguns produtos vegetais, como açúcares, começaram a expandir-se a partir da descoberta da destilação – procedimento que se deve aos árabes. Mais tarde, já no século XIX, fenômenos como a industrialização expandem ainda mais este mercado, que alcança um protagonismo definitivo, ao mesmo ritmo em que se vai desenvolvendo a sociedade de consumo no século XX. O seu uso é vasto: em bebidas alcoólicas, na indústria farmacêutica, como solvente químico, como combustível ou ainda com antídoto. O bagaço gerado na usina de cana-de-açúcar é consumido para produção de energia. O bagaço serve como matéria-prima na produção de etanol por meio da hidrólise ácida ou enzimática, nas quais as frações celulose e hemicelulose são convertidas a hexoses e pentoses. Após processos de purificação, a mistura obtida pode ser fermentada para produção do etanol.
O Brasil é o país mais avançado, do ponto de vista tecnológico, na produção e no uso do etanol como combustível, seguido pelos EUA e, em menor escala, pela Argentina, Quênia, Malawi e outros. A produção mundial de álcool aproxima-se dos 40 bilhões de litros, dos quais presume-se que até 25 bilhões de litros sejam utilizados para fins energéticos. O Brasil responde por 15 bilhões de litros deste total. O álcool é utilizado em mistura com gasolina no Brasil, EUA, UE, México, Índia, Argentina, Colômbia e, mais recentemente, no Japão. O uso exclusivo de álcool como combustível está concentrado no Brasil. O álcool pode ser obtido de diversas formas de biomassa, sendo a canade-açúcar a realidade econômica atual. Investimentos portentosos estão sendo efetuados para viabilizar a produção de álcool a partir de celulose, sendo estimado que, em 2020, cerca de 30 bilhões de litros de álcool poderiam ser obtidos desta fonte, apenas nos EUA. O benefício ambiental associado ao uso de álcool é enorme, pois cerca de 2,3t de CO2 deixam de ser emitidas para cada tonelada de álcool combustível utilizado, sem considerar outras emissões, como o SO2.
A cana-de-açúcar é a segunda maior fonte de energia renovável do Brasil, com 12,6% de participação na matriz energética atual, considerando-se o álcool combustível e a co-geração de eletricidade, a partir do bagaço. Dos 6 milhões de hectares, cerca de 85% da cana-de-açúcar produzida no Brasil está na Região Centro-Sul (concentrada em São Paulo, com 60% da produção) e os 15% restantes na Região Norte-Nordeste.
Na safra 2008, das cerca de 380 milhões de toneladas moídas, aproximadamente 48% foram destinadas à produção de álcool. O bagaço remanescente da moagem é queimado nas caldeiras das usinas, tornando-as autossuficientes em energia e, em muitos casos, superavitárias em energia elétrica que pode ser comercializada. No total, foram produzidos 15,2 bilhões de litros de álcool e uma geração de energia elétrica superior a 4GWh durante a safra, o que representa aproximadamente 3% da nossa geração anual.
Apesar de todo o potencial para a co-geração, a partir do aumento da eficiência energética das usinas, a produção de energia elétrica é apenas uma das alternativas para o uso do bagaço. Também estão em curso pesquisas para transformá-lo em álcool (hidrólise lignocelulósica), em biodiesel, ou mesmo, para o seu melhor aproveitamento pela indústria moveleira e para a fabricação de ração animal.