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Notícias dos Gabinetes
Iso Moreira - Um parceiro na luta contra a violência, tráfico e o uso de drogas entre alunos

03 de Março de 2009 às 07:57
Perto de completar seis anos de atividades, em fevereiro de 2009, o Batalhão Escolar da Polícia Militar de Goiás virou, em Goiânia, parceiro indispensável de escolas públicas e algumas particulares na luta contra a violência, o tráfico e o uso de drogas entre os alunos. O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), que é um braço importante na atividade-fim do Batalhão Escolar, beneficia, por semestre, aproximadamente 10 mil crianças e adolescentes, levando a elas informações sobre como evitar o envolvimento com o mundo das drogas. São 21 policiais do Batalhão envolvidos exclusivamente com as atividades antidrogas do Proerd.

O Batalhão dispõe de 13 patrulhas escolares que são usadas nas visitas a até 17 escolas por turno. O comandante do Batalhão, tenente-coronel Lorival Camargo, explica que as patrulhas funcionam da seguinte forma: os policiais vão às escolas e conversam com diretores e coordenadores para se inteirar da existência de algum problema. No intervalo das aulas, vão aos banheiros ver se há alguma anormalidade, pois são estes os locais mais procurados para alunos para fazer uso de substâncias entorpecentes.

A secretária e coordenadora de projetos do Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela, no Conjunto Vera Cruz I, em Goiânia, Terezinha Vitor de Lima, diz que todo santo dia uma patrulha do Batalhão Escolar visita o colégio. “Mesmo quando não para, a viatura liga a sirene, avisando que está por perto”, lembra ela, destacando que o Batalhão Escolar é hoje a maior segurança que a escola tem. A secretária do Colégio Teotônio Vilela, que fica num bairro considerado problemático por causa das drogas, afirma que o Batalhão Escolar é uma verdadeira parceria “pai, escola e polícia”. A patrulha age principalmente do lado de fora do colégio, onde faz buscas pessoais em integrantes de torcidas organizadas e desocupados que ficam nas imediações da escola à procura de confusão, como informa a secretária.

Os militares que integram as patrulhas estão presentes em todos os eventos extra-curriculares realizados em parceria com a comunidade, informa Terezinha Vitor de Lima, acrescentando que eles ficam até o fim da atividade, seja ela qual for, como a já tradicional Chocopáscoa, uma festa junina ou uma comemoração do Dia da Independência. Participam também das reuniões com pais dos alunos, que acontecem duas vezes por semestre. Nestes encontros, os policiais orientam os pais sobre os mais diversos assuntos, como observar o comportamento anormal dos filhos e descobrir se estão envolvidos com drogas ou pessoas de conduta anti-social.

A dona de casa Laudieny Cerqueira Santos Pereira é mãe de dois adolescentes que estudam no Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela: Haltilierme Carlos Pereira dos Santos, do 3º ano do Ensino Médio, e Andressa dos Santos Pereira, do 9º ano do Fundamental. Ela diz nunca ter participado de atividade com o pessoal do Batalhão Escolar, mas garante ouvir dos filhos que “são muito boas” as palestras que os policiais fazem na escola. Segundo ela, os filhos elogiam muito os temas abordados, que são o combate às drogas e ao vandalismo, noções sobre segurança no trânsito e muitos outros.

O Batalhão Escolar é responsável pela fiscalização de mais de 300 escolas estaduais, municipais e algumas particulares de Goiânia. O comandante admite que a abordagem de pessoas perto das escolas é um dos pontos fortes do trabalho das patrulhas. Por causa disso, o Batalhão Escolar é a unidade da PM que mais prende foragidos da Justiça. De janeiro a novembro de 2008 a unidade mandou de volta para as grades 340 fugitivos.

Com a abordagem de jovens nas proximidades das escolas, o Comando do Batalhão Escolar viu aumentar também o número de ocorrências policiais envolvendo o tráfico de drogas. Em 2007, foram 103 ocorrências contra 196 contabilizadas este ano até o dia 30 de novembro. Segundo o coronel Lorival Camargo, das 196 ocorrências registradas em 2008, 176 foram por uso e 20 por tráfico de drogas. O crime de tráfico é punido com pena de cinco a 15 anos de reclusão. Em casos de flagrantes por uso, a punição vai desde a advertência judicial, passando por prestação de serviços à comunidade, cumprimento em programas educativos e, por último, multa aplicada pela Justiça.
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