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O agronegócio é o retrato do Brasil
O expressivo crescimento do setor de agropecuária mudou a face da economia brasileira no século XX: com perspectiva de multiplicar a produtividade e romper as fronteiras no exterior, os empresários abandonaram conceitos ultrapassados e começaram a investir muito mais rumo à expansão de suas atividades no campo. As condições naturais muito favoráveis ajudaram e o agronegócio virou o século na posição de grande motor do País. Nos últimos dez anos, o Brasil se habituou a quebrar recordes de produção agrícola. O IBGE informou que a próxima safra de grãos deve atingir 120 milhões de toneladas, 23% maior que a do ano passado. Nos últimos 12 meses, o comércio de produtos agrícolas com outros países deixou um saldo positivo de R$ 72 bilhões. Estão no Brasil alguns dos campeões mundiais de produção e de produtividade de culturas, como a soja, a cana-de-açúcar, a laranja, o café. O dinheiro originado na agricultura movimenta desde a venda de máquinas agrícolas até a de aviões e computadores.
O agronegócio é o retrato do Brasil da solução: já representa 30% do PIB e gera quase 40% dos empregos, somando-se todas as oportunidades de trabalho relacionadas, da lavoura à indústria de alimentos. O agronegócio é o motor da economia nacional, registrando importantes avanços quantitativos e qualitativos, que se mantém como setor de grande capacidade empregadora e de geração de renda, cujo desempenho médio tem superado o desempenho do setor industrial, ocupando, assim, a posição de destaque no âmbito global, o que lhe dá importância crescente no processo de desenvolvimento econômico, por ser um setor dinâmico da economia e pela sua capacidade de impulsionar os demais setores.
O conceito de agronegócio implica na ideia de cadeia produtiva, com seus elos entrelaçados e sua interdependência. A agricultura moderna extrapolou os limites físicos da propriedade. Dependendo, cada vez mais, de insumos adquiridos fora da fazenda, e sua decisão do que produzir, quanto e como está fortemente relacionada ao mercado consumidor. Há diferentes agentes no processo produtivo, inclusive o agricultor, em uma permanente negociação de quantidades e preços.
O agronegócio brasileiro compreende atividades econômicas ligadas, basicamente:
– Aos insumos para a agricultura, como fertilizantes, defensivos, corretivos.
– À produção agrícola, compreendendo lavouras, pecuária, florestas e extrativismo.
– À agroindustrialização dos produtos primários.
– Ao transporte e comercialização de produtos primários e processados.
Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro se desenvolveu numa velocidade muito alta, em virtude da moderna tecnologia voltada para o setor. Esta atividade tomou dimensão tão grande que tem caminhado para se tornar a principal atividade econômica do País. Com esse desenvolvimento, o setor contribui para baixar a taxa de desemprego e em consequência melhorar as condições de vida da população, conciliando o desenvolvimento econômico com o social. O agronegócio contempla a visão sistêmica das cadeias produtivas agroindustriais, envolvendo todos segmentos abrangidos nos setores, tais como:
– Insumos materiais: sementes, mudas, fertilizantes, corretivos, agrotóxicos, máquinas e equipamentos, dentre outros;
– Setor da produção rural propriamente dito;
– Setor de transformação (industrialização);
– Setor de distribuição e comercialização;
– Ambientes institucional (aparato legal) e organizacional (pesquisa, extensão e ensino, entidades de classe, cooperativas, agentes financeiros) que dão suporte aos ambientes produtivo e de negócios.
O Brasil se credencia a ser o grande celeiro do mundo. E, por isso, identificar, interpretar e analisar gargalos e oportunidades do agronegócio são de suma importância para o crescimento e destaque do setor no Brasil.