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Notícias dos Gabinetes
Ampliação e modernização da Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná

15 de Setembro de 2009 às 08:31

A ampliação e modernização da Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná exigirá investimentos totais de R$ 8 bilhões, a serem aplicados num período de 20 anos. O dado foi fornecido aos participantes do seminário Integração Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, realizado em agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) pelo Grupo de Trabalho denominado de G5 + 1, que é integrado por representantes dos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul mais o Distrito Federal, técnicos do governo federal ligados aos ministérios dos Transportes e da Integração Nacional, além de outros órgãos.


A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná já é uma realidade na matriz logística brasileira e está em operação desde a década de 1990, mas precisa ser ampliada e modernizada para que possa atender à crescente demanda por transporte de cargas.


Os recursos totais a serem investidos deverão vir dos governos dos Estados beneficiados, do governo federal e da iniciativa privada. O cronograma de investimentos prevê prazo de até 25 anos, por etapas.


Segundo os coordenadores do G5 + 1, na primeira etapa deverão ser investidos R$ 300 milhões, para eliminação de gargalos como ampliação de eclusas, retirada de pilares de pontes que afetam a travessia dos comboios, maior agilidade nos transbordos e assim por diante.


A maior soma de recursos será aplicada a médio e longo prazo em etapas como ampliação da intermodalidade com outros modais de transportes como ferrovias e rodovias, na extensão da hidrovia e finalmente na construção de novas eclusas e duplicação de eclusas existentes onde o volume de cargas for maior.


No caso da extensão, somente em Goiás poderão ser incorporados cerca de 400 quilômetros de hidrovia no Rio Paranaíba. Para isso, será necessário construir eclusas na Usina Hidrelétrica de São Simão, em Cachoeira Dourada e na Usina de Itumbiara. Desse modo, a hidrovia passaria a atender inclusive o empresariado de Catalão no transporte de cargas para o Sudeste e o Sul do País e para o mercado externo, além de permitir a chegada de produtos vindos de outros mercados.


Realizado pelo governo de Goiás por meio da Secretaria de Infraestrutura, o seminário reuniu em Goiânia quase uma centena de participantes, representantes da esfera federal, dos Estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Distrito Federal, além de técnicos dos ministérios dos Transportes e da Integração Nacional e de várias agências do governo federal, bem como prefeitos e empresários de Goiás e dos demais Estados beneficiados pela hidrovia.


O secretário de Infraestrutura, Sérgio Caiado, disse que é prioridade do governo de Goiás encontrar e consolidar os modelos mais adequados de logística, de modo a que os produtos goianos possam ser colocados no mercado internacional de forma mais competitiva. “É hora de priorizarmos os investimentos em corredores para as cargas do Brasil Central e a hidrovia, além de assegurar frete mais barato, retira das rodovias milhares de caminhões e carretas”, observou Caiado.


O presidente da Fieg, Paulo Afonso Ferreira, fez coro com os demais oradores, lembrando que a proporção de competitividade da hidrovia é de um para quatro em relação à ferrovia e de um para dez em rodovias. “Não podemos desperdiçar o potencial oferecido por este modal”, asseverou Paulo Afonso.


Atualmente a hidrovia conta com 1.726 quilômetros navegáveis e transporte 5 milhões de toneladas de cargas anualmente. Somente com os primeiros investimentos de R$ 300 milhões na eliminação de gargalos e com a construção de três novas eclusas no Rio Paranaíba, a hidrovia passaria a contar com mais 400 quilômetros e poderia ampliar o transporte de cargas para 10 milhões de toneladas anuais. Com a construção de eclusas na Usina de Itaipu, o que também está incluído na proposta do G5 + 1, a hidrovia passaria a contar com 5.170 quilômetros e poderia elevar a capacidade de transporte de cargas para até 20 milhões de toneladas/ano.

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