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Notícias dos Gabinetes
Política deve ter como foco o fortalecimento das instituições democráticas

06 de Outubro de 2009 às 21:04

A trajetória política deveria contribuir para a construção da paz, da harmonia e do fortalecimento das instituições democráticas. Precisamos com urgência construir “pontes” de ligação e começarmos a derrubar as paredes que obstruem os caminhos do diálogo. Lamentavelmente, observamos que a política nos moldes em que se encontra, está impregnada de “apartheid”, segregando grupos, classes sociais, estabelecendo, muitas vezes, uma política desagregadora, perseguidora e cruel. Política pequena, na ânsia desenfreada de ocupação de cargos, em total dissonância com o perfil da real necessidade cívica, uma vez que o Brasil se ressente de ter ignorado por décadas a dívida social com as classes menos favorecidas.


A defesa da ética na política, deixa enraizado em grande parte do povo o princípio de respeito aos valores democráticos. Investir em justiça social significa colhermos em um futuro breve, a paz anunciada em discursos e que quase sempre ficam apenas na retórica. É possível conciliar política e ética, política e honra e política e mudanças. A fonte inspiradora da vida pública, não deveria ser maquiada com estratégias e jogos de poder, que desestabilizam os governos e comprometem a nação e a projeção de um futuro que contemple a ânsia da população por políticas públicas, que realmente melhorem as suas vidas. Por que não fazer a ação política com cores, ao invés da habitual tarja preta? Continuo sonhando com a união, com a sabedoria, pois é verdadeiro que a “casa” dividida não prospera. A violência que afeta hoje toda a sociedade, faz parte da dívida que o País paga por ter ignorado por décadas as condições que a causam.


Assim como o filho se espelha em seus pais, as pessoas se espelham naqueles que detém o poder político para tornar realidade os planos traçados no papel. Porém, como pedir para a população a paz se a “violência” é incitada por seus líderes. A tolerância e a convivência pacífica entre os adversários, ou os aliados em dissonância, devem ser perseguidas sem trégua, para que as consequências não recaiam sobre a população, que assiste estarrecida ao combate entre seus líderes.


Cabe a nós, políticos, contermos a intransigência e a incontinência verbal, organizar com civilidade nossas reações na construção da democracia. Percebemos ainda que a falta de harmonia entre grandes lideranças políticas, gera insegurança nos eleitores. Afinal, quem deveria estar unindo forças para resolver, ou melhorar o quadro social do País, perde precioso tempo e oportunidade medindo força, numa guerra de egos, onde nunca haverá vencedores. Personalidades que se agarram ao poder como se nada mais importasse. Cegos e inconsequentes que acabam por esquecer os propósitos que os levaram a optar pela vida pública. O silêncio é o cúmplice covarde e omisso na luta pela justiça. A palavra ríspida desperta a ira enquanto os sábios usam a palavra serena para desarmar a fúria. Se quisermos mudar a imagem dos políticos, urge adequarmos nossa postura a realidade das expectativas populares, esquecendo os revanchismos. O político que não conhece os limites para o poder, termina por destruir-se. Aquele que valoriza a autoridade como fonte de vida, ignorando os valores fundamentais como fé, família e princípios éticos e morais infelizmente estará fadado à triste solidão de sua pequena ilha da fantasia. As ações de um verdadeiro estadista, devem se centrar no cumprimento do dever assumido, em favor dos direitos humanos, na promoção da cidadania, longe da auto-promoção e da vaidade egoísta, cultivada por aqueles que se deixam seduzir pelo brilho ilusório do poder.

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