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Notícias dos Gabinetes
É preciso investir nas regiões Nordeste e Norte de Goiás

22 de Dezembro de 2008 às 10:06
A população de Goiás, ao tomar conhecimento de que as famílias mais carentes do Estado vivem nas regiões Nordeste e Norte, com a divulgação do Índice de Desenvolvimento Social (IDF) do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), precisa refletir e buscar soluções para que possamos reverter esses indicadores e melhorar a qualidade de vida dessas populações tão sofridas.
Qual o primeiro passo? Todo mundo sabe o caminho: é preciso que a União, o Estado e os municípios invistam recursos fincanceiros em educação de qualidade, saúde preventiva, ofereça apoio às micro e pequenas empresas para que possam gerar mais empregos e renda à nossa comunidade.
Na Assembléia Legislativa, busco, com frequência, manifestar minha posição no sentido de que haja uma grande mobilização da sociedade, no sentido de se conquistar os avanços necessários para que o Nordeste e o Norte possam produzir mais riquezas e mudar esse quadro social tão angustiante, em que as famílias não têm oportunidade de ter emprego para criar com dignidade os seus filhos.
Fiquei triste ao receber os indicativos em relação a Mambaí, minha cidade natal, município considerado pelo Ministério do Desenvolvimento Social do Governo Federal o lugar onde residem os pobres mais pobres de Goiás. A minha cidade tem o pior Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) do Estado, um indicador que mede quão miseráveis são os pobres brasileiros.
O índice de IDF é determinado por meio do cadastro único de famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família e avalia a pobreza a partir de vários indicadores, como, por exemplo, anos de estudo e acesso ao trabalho. Entre os 14 municípios do Estado em que o IDF está abaixo de 0,5 (numa escala que vai de 0 a 1), mais da metade (57,14%) está nas regiões Nodeste e Norte de Goiás.
O professor Luiz Estavam, economista da Universidade Católica de Goiás (UCG), escreveu: "O Norte e o Nordeste de Goiás guardam muitos aspectos em comum por encontrarem-se à margem do cinturão de desenvolvimento econômico do Estado. São poucos integrados ao dinamismo econômico do centro-sul de Goiás, o que, ao longo da história, ajudou a aprofundar sua condição de pobreza".
É preciso dizer que as autoridades federais, estaduais e municipais precisam agir e agir com rapidez. As regiões Nordeste e Norte possuem populações trabalhadoras, agropecuária forte, comércio ativo. O que precisamos é de investimentos em áreas vitais para que produzam resultados na economia. Só se melhora a qualidade de vida das pessoas com melhor educação, saúde preventiva, conhecimento e mais empregos.
Há notícias boas: os Índices de Desenvolvimento Familiar (IDFs) do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que o Estado de Goiás tem o quinto melhor desempenho do País entre os Estados brasileiros. O IDF goiano, de 0,575, só é menor que o dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Entre os indicadores analisados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, para definir a composição do Índice de Desenvolvimento Familiar, então a presença ou não de analfabetos nas casas, a ocupação da população economicamente ativa, a renda familiar, a existência de crianças exploradas pelo mercado de trabalho, as condições habitacionais dos moradores, entre vários outros fatores. O indicador, diferentemente do Índice de Desenvolvimento Urbano (IDH), foca as famílias e não apenas o indivíduo.
Precisamos trabalhar muito, somar esforços, cobrarmos da União, Estado e municípios maiores investimentos de recursos financeiros que contribuam para mudar esse quadro e melhorar os IDFs do Nordeste e do Norte de Goiás, permitindo maior desenvolvimento social e econômico à nossa sofrida gente.
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