Os prefeitos interessados terão de aderir ao programa. Eles deverão apresentar planos de trabalho, nos quais constarão ruas e avenidas que pretendem pavimentar. O planejamento municipal terá de ser entregue acompanhado de orçamento e projeto de engenharia. Após a documentação dos municípios ser aprovada pelo corpo técnico, composto por engenheiros da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), o convênio será assinado entre governo estadual e prefeituras. A municipalização do processo descentraliza a administração do programa e evita realização de concorrência pública com abrangência estadual, que poderia atrasar o cronograma de ações.

“O Paci promoverá uma verdadeira revolução na pavimentação asfáltica urbana”, disse o presidente da Agetop, José Américo de Sousa. Com convênios firmados diretamente, cada município fará o próprio processo licitatório para execução do trabalho. As prefeituras que dispõem de maquinário e mão-de-obra especializada poderão dispensar concorrência pública e iniciar as atividades assim que receberem os recursos. Nesta modalidade de contrato, os municípios entram com contrapartida que varia de 10% a 30% do total aplicado pelo Estado.

Este é o ambiente desejado pela população goiana: obras que atendam aos municípios. Nós, a região Nordeste do Estado, não queremos saber de fofoca política, de crise na base aliada e de ataques aos principais líderes políticos do Estado. Nós estamos interessados é no trabalho, no desenvolvimento da região, a mais carente de Goiás. Queremos que o governo do Estado apresente as obras de pavimentação asfáltica urbana e dê ligações aos municípios, água tratada, saneamento básico, construção e reforma de escolas, mais unidades de saúde e ambulâncias, viaturas e equipamentos para a segurança pública. Este foi o compromisso que firmamos nos palanques eleitorais de 2006 e o povo aguarda os resultados.

Acabo de confluir um giro pela Região Nordeste do Estado, visitando os municípios de Campos Belos, São João D’Aliança, Alto Paraíso, Colinas do Sul, Cavalcante, Teresina, Monte Alegre, Nova Roma, Iaciara, Posse, Simolândia e Alvorada do Norte, e as lideranças políticas, entre elas prefeitos e vereadores, esperam, com grande expectativa, as obras de pavimentação urbana anunciadas pelo governador Alcides Rodrigues.

O Programa Asfalto na Cidade (Paci) foi lançado em 2008 para ser executado em três etapas. Ao todo, serão asfaltados 12 milhões de quilômetros quadrados, viabilizados por investimentos de 240 milhões de reais. A primeira fase teve início ano passado e concluiu pavimentação de três milhões de quilômetros quadrados, que consumiram R$ 40 milhões. Todo o valor gasto com as obras já está quitado pelo governo do Estado de Goiás.

A segunda etapa do programa, lançada agora pelo governador,  será a fase mais ousada, com o objetivo de asfaltar seis milhões de quilômetros quadrados em um semestre. Alcides Rodrigues pretende entregar todas as vias prontas até o final do mês de dezembro.

Além de melhorar a autoestima das comunidades beneficiadas, o asfalto evita doenças respiratórias causadas pela poeira. Os moradores também ganham com a valorização dos imóveis.

 Em 2010, o governo estadual irá aplicar a terceira etapa do Paci, com execução das obras de asfaltamento dos três milhões de quilômetros quadrados restantes nos 246 municípios goianos. Outros 40 milhões de reais serão investidos nos trabalhos. O programa realiza pavimentação com baixo custo e todos os municípios que tiverem demanda serão atendidos.

Os critérios avaliados serão técnicos, e terão prioridade as vias com maior densidade de habitações, de acordo com levantamento feito pela Agetop. Após conclusão do programa, o revestimento asfáltico em linha reta será de 1.714 quilômetros, distância equivalente à ida e volta de Goiânia a São Paulo.