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Em artigo no DM , Sônia Chaves lembra a abolição da escravatura
Em artigo publicado no último domingo, 13, no editorial de opinião do Jornal Diário da Manhã, a deputada Sônia Chaves (PSDB) lembrou a importância da data da abolição da escravatura, e também despertou para uma séria reflexão.
Com o título: “13 de maio: abolições que ainda precisamos promover”, ela ressaltou que mesmo com a abolição da escravatura promulgada pela princesa Isabel nos dias atuais o negro ainda sofre preconceito. “Passada esta parte da história, precisamos atentar para outras abolições que ainda precisamos promover no Brasil. É verdade que avançamos em muitos aspectos, o negro passou a ter acesso à educação, a uma vaga no mercado de trabalho e ocupou, assim como nós, importantes cargos na política. Mas também não podemos esquecer que muitos continuam nos porões da desigualdade social e sofrem de um câncer chamado preconceito”, destacou Sônia Chaves.
A deputada ainda lembrou no artigo um triste fato de discriminação que ocorreu recentemente no Distrito Federal. “No mês que deveríamos comemorar a libertação do negro acompanhamos o triste fato de um médico acusado de discriminação racial em um shopping da Asa Norte em Brasília."
As agressões teriam ocorrido após o médico chegar atrasado para a sessão de um filme e querer passar à frente de outros clientes na fila para comprar o ingresso, na tarde de domingo.Furioso, o homem disparou ofensas à bilheteira Marina Serafim dos Reis, 25 anos. Entre outras coisas, falou que ela deveria estar na África, “cuidando de orangotangos”.
"Ora, é inadmissível chegarmos na segunda década do século 21 e ainda nos depararmos com situações como essas que são um verdadeiro retrocesso na luta pela abolição, que pelo visto não acabou." - ressaltou a parlamentar.
Ela finaliza o texto conclamando a todos para uma mudança de postura diante de realidades como esta: “Neste 13 de maio, gostaríamos de levantar a voz contra este tipo de atitude, contra as amarras que tentam calar nossa voz. É hora de darmos um basta na impunidade de quem descrimina seu próximo pela cor. Como professora defendemos que esta transformação pode e deve começar pela sala de aula, com uma educação que possa ultrapassar os muros da escola, envolvendo a comunidade escolar num ensinamento disposto a transformar mentes e corações. Encerramos lembrando a importante frase do saudoso Nelson Mandela. 'Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos' ”.