Em entrevista na manhã desta segunda-feira, 10, na Agenda Política do Programa Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes 820 AM, o deputado estadual Francisco Júnior (PSD) avaliou a proposta de Operação Urbana Consorciada para a região do Jardim Botânico, em Goiânia. Ex-secretário de Planejamento Municipal e Mestre em Desenvolvimento Urbano, o parlamentar destacou que OUC é uma ferramenta de gestão urbana muito interessante, que está prevista no Estatuto das Cidades e no Plano Diretor de 2007, mas que o problema da proposta para o Jardim Botânico é a falta de transparência.

“O que falta é transparência. Essa gestão peca muito nisto. Mesmo que seja uma ferramenta boa, e a Operação Urbana Consorciada é uma boa ferramenta, com boas experiências no Brasil, aqui ela chega de uma forma imposta, obscura e que deixa a sociedade muito insegura”, afirmou Francisco Júnior.

Além disso, segundo o parlamentar, a insegurança quanto às medidas previstas na proposta e a falta de informações podem até mesmo inviabilizar o projeto. “Mesmo sendo uma ferramenta de gestão prevista no Estatuto das Cidades e no Plano Diretor, a falta de regulamentação dá uma insegurança muito grande. Corre-se o risco de ser algo bom, mas que está perdendo toda a credibilidade porque o projeto tem a origem prejudicada”, disse Francisco Júnior.

Para o deputado as falhas na proposta são evidências da falta de uma melhor estrutura de planejamento na capital, o que faz com que a população conviva com problemas que poderiam ser evitados. “Se não há um instituto de planejamento municipal que estuda os movimentos sociais, que estuda a cidade na sua essência permanentemente, corre-se o risco de ser tomado pelas urgências do momento. Essa solução sempre vai ser muito mais cara, paliativa e vai gerar outros problemas. A importância do planejamento para a cidade é essa. Não é para resolver problemas, mas para evitá-los”, afirmou o deputado.