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Notícias dos Gabinetes
Virmondes quer a instalação de Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos

23 de Novembro de 2016 às 16:17

O deputado estadual Virmondes Cruvinel Filho (PPS) apresentou nesta terça-feira, 22, requerimento solicitando ao Executivo providências para a instalação, em Goiânia, de uma Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos. “A internet é, hoje, um universo em que a maioria dos brasileiros transitam em suas relações pessoais e de trabalho. Dessa forma, torna-se um terreno fértil e de fácil acesso para a ação de criminosos, em inúmeras situações. Passa da hora de o Estado cumprir, de fato, a sua função nessa área, na proteção e segurança dos cidadãos goianos”, argumenta Virmondes.

O requerimento apresentado pelo parlamentar será encaminhado, pela Assembleia Legislativa, ao secretário de Segurança Pública de Goiás, José Eliton. No texto, o documento destaca que a Lei n° 12.735/12 foi aprovada após longa tramitação no Congresso Nacional, na esteira do caso do vazamento, na web, de fotos pessoais da atriz Carolina Dieckmann. O fato ocorreu em maio de 2012. Portanto, há quatro anos.

A matéria, na verdade, é o resultado da tramitação do PL 84/99, do deputado federal Luiz Piauhylino (PDT/PE), que dispunha sobre diversos crimes na área de informática. O texto determina, em seu artigo 4o, que os órgãos das polícias judiciárias estruturarão setores e equipes especializadas no combate à ação delituosa em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado. “O que propomos, na verdade, é o cumprimento da lei”, ressalta Virmondes Cruvinel.

O caso Carolina Dieckmann

A situação envolvendo a atriz Carolina Dieckmann – que originou toda a discussão da Lei n° 12.735/12 – poderia ter ocorrido com qualquer pessoa. No caso dela, foi exatamente um grupo especializado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio de Janeiro que chegou aos suspeitos. O grupo utilizou, na época, programas de contraespionagem. De acordo com a investigação, o roubo teria começado com um e-mail usado como isca (spam), que, ao ser aberto, liberou uma porta para a instalação de um programa, permitindo aos hackers entrarem no computador da atriz. Com a constatação, ficou descartada a suspeita inicial, que recaía sobre funcionários de uma loja de assistência técnica na capital carioca, onde Carolina Dieckmann havia deixado o laptop para consertar, meses antes. 

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