O procurador Fernando Carneiro apontou irregularidades que estariam ocorrendo na Agência Goiana de Turismo exemplificando alguns casos, dentre eles, de inexigibilidade de licitação para a contratação de shows. Ele também indicou falhas no cachê recebido por artistas, que segundo ele, seria cerca de 25% do valor pago pelo Estado por meio de empresas interpostas.

O procurador destacou como um dos principais problemas verificados na Agência a ausência de planejamento, ou seja, falta de políticas públicas sustentáveis para o turismo em Goiás. “O Estado está gastando dinheiro e perdendo oportunidades. Temos um potencial turístico e ecológico gigantesco que não podem ser desperdiçados”, ressaltou.

Fernando Carneiro foi enfático ao afirmar que a falta de uma equipe de servidores permanente, suficiente, treinada e qualificada culmina no mau funcionamento da Agência Goiana de Turismo. Para ele, por mais que o gestor que estiver à frente da Agência for bem intencionado, se todos estes pontos não forem corrigidos, não haverá mudanças significativas. “O Estado sempre vai desperdiçar recursos se não tiver um bom planejamento”, afirmou.

Antes de encerrar a reunião, Cláudio Meirelles convocou uma nova oitiva para esta quinta-feira, 31, às 14h30, no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa. Serão ouvidos o ex-presidente da Goiás Turismo, Aparecido Sparapani, e o diretor de Desenvolvimento Turístico do órgão, Ricardo Silva.

Estiveram presentes na reunião desta tarde o relator da CPI, deputado Humberto Aidar (PT), Karlos Cabral (PDT) e Wagner Siqueira (PMDB). As atividades foram assessoradas pelas procuradoras do quadro da Procuradoria da Casa, Maira Luciene de Souza e Andreya da Silva Matos.