Valec garante Norte-Sul de Anápolis até Palmas em 2008
A audiência pública da Assembléia Legislativa sobre a Ferrovia Norte-Sul surpreendeu até os mais otimistas. Além de garantir a assinatura da ordem de serviço em maio de 2008 para a construção do trecho entre Anápolis e Uruaçu, a Valec promete iniciar as obras da ferrovia entre Porangatu e Palmas, no Tocantins.
A informação é do próprio presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, esclarecendo que a reivindicação do deputado Júlio da Retífica (PSDB) veio no momento certo. “Ele queria ampliar o trecho de Anápolis até Porangatu, e não apenas até Uruaçu, mas vamos ampliar mais 284 quilômetros”, enfatizou.
Segundo Juquinha, a mudança vai ampliar gastos da ordem de R$ 1,5 bilhão, totalizando investimentos de R$ 3 bilhões só em Goiás. Juquinha das Neves destacou que a Ferrovia Norte-Sul é a realização de um sonho de integração nacional, cuja reivindicação nasceu no governo de Henrique Santillo (PMDB).
Além da oferta de empregos diretos e de investimentos imediatos, a Valec acena também com a construção de 20 usinas de álcool ao longo do trecho da ferrovia, apenas no território goiano, além de outros 20 empreendimentos semelhantes no Estado do Tocantins. “Essa obra será a redenção de Goiás e do Centro-Oeste”, acrescenta. A Ferrovia será construída pela Companhia Vale do Rio Doce, que arrematou em leilão a subconcessão do trecho entre Açailândia, no Maranhão, a Palmas, no Tocantins, por R$ 1,4 bilhão.
A mineradora foi a única a participar da disputa na Bolsa de Valores de São Paulo, no dia 3 de outubro passado. Com os recursos, a Valec pretende também concluir o trecho de 350 quilômetros entre Araguaína e Palmas até o final de 2008. A conclusão do trecho de Anápolis a Uruaçu, cuja ordem de serviço sai em maio, está prevista para 2009. Em Goiás, a Valec pretende lançar cinco frentes de serviço. Concluída a ferrovia, Goiás deve ter nada menos do que 500 quilômetros de seu território cobertos pelos trilhos da Norte-Sul.