Presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e homenageado desta noite no Legislativo goiano, o deputado Alberto Pinto Coelho (PP) garante que o Parlamento mineiro está atento às investigações sobre a questão do leite adulterado em terras mineiras. Ele se posiciona contra a instalação de uma CPI para investigar o caso, possibilidade que tem sido discutida na Assembléia goiana.

“Entendemos que não é questão de instalarmos uma CPI, uma vez que esse assunto já avançou bastante na sua apuração”, diz, acreditando que uma investigação parlamentar se justifica quando um fato emerge para desaguar no ministério Público. Neste caso, o inquérito está em curso, o que na opinião dele não justifica uma CPI. Por outro lado, diz, a Assembléia tem que se manter atenta ao desenrolar dos fatos.

Para ele, o crime contra a saúde pública é algo que todos devem lamentar e que a sociedade está perplexa, pois não sabe se as adulterações estão restritas ao leite ou se outros alimentos podem estar contaminados.

Ele destaca que os maiores prejudicados são, além dos pequenos produtores, os consumidores. “Duas pontas da cadeia altamente prejudicadas”, afirma. Alberto Pinto Coelho nega que haja uma situação de empurra-empurra entre as autoridades goianas e mineiras. “Não importa de onde seja o leite, mas quem o beneficia. Esses são os verdadeiros culpados por tudo o que tem acontecido”, analisa.

Para ele, os estados não podem travar uma guerra sobre o assunto. “O que importa é que o problema existe e tem que ser solucionado o mais rápido possível”, conclui.