Ícone alego digital Ícone alego digital

Agrotóxicos

08 de Novembro de 2007 às 00:00
Tiãozinho Costa alerta sobre uso de agrotóxicos e cobra do poder público controle da produção e venda desses produtos.

“O uso de produtos químicos para combater pragas do campo e aumentar a produtividade da agricultura pode causar contaminação do meio ambiente, especialmente dos recursos hídricos, com reflexos imediatos para a saúde da população”. O alerta foi feito pelo deputado Tiãozinho Costa (PTdoB), presidente da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, ao abrir hoje a audiência pública sobre a utilização de agrotóxicos na lavoura. 

Tiãozinho Costa revelou que o uso indiscriminado de inseticidas pode provocar lesões graves também aos seres humanos. “O Brasil é o terceiro consumidor mundial, estima-se que mais de 12 milhões de trabalhadores rurais estão expostos diariamente às substâncias nocivas decorrentes da aplicação de produtos químicos nas lavouras”. O pior, diz, é que a grande maioria desconhece as técnicas adequadas de manejo destas substâncias, não usa equipamentos apropriados e, sem qualquer proteção, sofre efeitos dos tóxicos.

O parlamentar lembrou que a comunidade científica ainda não é capaz de estabelecer com segurança quais são os efeitos desfavoráveis ao meio ambiente, a longo prazo, pelo uso de agrotóxicos. “Tais fatos revelam a necessidade urgente de se intensificar os debates e os estudos nesta área”, diz.

Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que existem aproximadamente 3,5 mil substâncias que compõem a fórmula de 35 mil produtos comerciais capazes de controlar pragas e doenças da agricultura. Tais produtos são responsáveis também pela intoxicação anual de 300 mil trabalhadores, mas o que é pior: só existem registro de 7 mil casos.

Em busca de soluções, Tiãozinho Costa cobrou do poder público o controle da produção, comercialização e o emprego de técnicas e de substâncias que possam evitar riscos para a vida e para o meio ambiente. Ele lembrou ainda que a Constituição o dever de promover a educação ambiental para se garantir saúde mediante políticas sociais e econômicas.

Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.