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Tiãozinho Costa encerra audiência alertando para o uso indevido de agrotóxico

08 de Novembro de 2007 às 00:00
Agrotóxicos: Remédio ou Veneno? Esse foi o tema da audiência pública realizada na manhã de hoje promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, presidida pelo deputado Tiãozinho Costa (PTdoB). Segundo o parlamentar, o uso de produtos químicos para combater pragas do campo e aumentar a produtividade da agricultura pode causar contaminação no meio ambiente, nos recursos hídricos e principalmente à saúde da população.

Ao abrir a audiência, o deputado revelou que o uso indiscriminado de inseticidas na lavoura pode provocar lesões graves também aos seres humanos. Ele informa que o Brasil é o terceiro consumidor mundial de agrotóxicos. Estima-se que mais de 12 milhões de trabalhadores rurais estão expostos diariamente aos produtos químicos nas lavouras. “Grande maioria desconhece as técnicas adequadas de manejo destas substâncias, não usa equipamentos apropriados e, sem qualquer proteção, sofre efeitos dos tóxicos”, diz.

O Superintendente do Ministério da Agricultura em Goiás, Helvécio Magalhães Ribeiro, diz que, 60% do PIB goiano está direta ou indiretamente ligado ao agronegócio, e que o agrotóxico é um produto muito útil à agricultura, sobretudo a agricultura moderna, mas pode também se transformar num perigo, se for usado indevidamente. “A questão do manuseio é muito importante, por isso os órgãos responsáveis têm promovido instruções permanentes aos interessados na utilização desse produto”, afirma. 

O toxicólogo, médico veterinário e sanitarista do Centro de Formação de Toxicologia da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Júlio César Mundim, disse que é preciso capacitar as pessoas para fazer a aplicação do veneno. “O agrotóxico, desde que bem usado, não tem problemas, mas como é feito no Brasil tem dado muito problema para a saúde da população”, salientou.  

Jesus Garcia, engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura disse que o agrotóxico, pode ser remédio ou veneno, dependendo da quantidade usada pelo produtor. Segundo ele, esse tema é importante e precisa ser fiscalizado por todos para que o Estado não chegue a ter problemas mais sérios. O coordenador de emergência de fitossanitária da Agrodefesa, Carlos Alberto Lemes, acrescentou que é importante debater esse tema de interesse nacional.

Em busca de soluções, Tiãozinho Costa, diz que vai cobrar do poder público o controle da produção, comercialização e o emprego de técnicas e de substâncias que possam evitar riscos para a vida e para o meio ambiente.
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