Secretário Municipal de Saúde, o médico Paulo Rassi disse, na audiência pública que discutiu a situação dos hospitais da região metropolitana de Goiânia, que o valor do repasse que cada município recebe do Ministério da Saúde é insuficiente.

“Só para citar um exemplo, o Ministério repassa para Goiânia R$ 350 mil/mês para abastecimento, medicamentos e insumos para toda a rede; isso é absolutamente insuficiente. Só com o abastecimento da rede gastamos em torno de R$ 1 milhão/mês”, ressaltou.

O secretário disse que, fora os medicamentos que muitas vezes são obrigados a fornecer por medida de segurança, ainda há uma grande quantidade de solicitações, de mandados, que não são cumpridos porque a secretaria não dispõe de recursos. Paulo Rassi afirma que há uma grande necessidade do aumento do valor desse repasse ou que essas ações sejam desenvolvidas exclusivamente pelo Ministério.

A questão de receber pacientes de outros municípios também foi lembrada pelo secretário, que avalia uma solução tranquila para esse atendimento se o governo federal se empenhasse na concretização do Cartão SUS. “Só para se ter uma noção, Goiânia está com 1,24 milhão de habitantes e, se brincar, foram confeccionados mais de 1,60 milhão de cartões; então não há uma política de implantação de cartões nos outros municípios”, salientou.

O secretário disse que a municipalização resolveu o problema parcialmente “porque o governo nos passou os ônus, mas não passa os recursos, então como a saúde pública foi jogada no colo dos municípios, que os repasses também sejam direcionados para os municípios”, concluiu.