O deputado Misael Oliveira (PDT) está certo de que o governador Alcides Rodrigues vai encaminhar mensagens à Assembléia Legislativa neste mês de dezembro, fazendo adequações na área tributária com o objetivo de resguardar a capacidade do governo de investimentos e de obras. A expectativa maior do deputado é com relação ao fim dos créditos outorgados.

“Defendo os incentivos fiscais como forma de crescimento do Estado, mas sou contra os créditos outorgados para os frigoríficos, usinas de álcool e empresas como a Bunge Fertilizantes, que é uma multinacional; quer dizer, não pagam impostos e vão gerando um passivo do Estado com esse pessoal, de créditos outorgados, que são vendidos com deságio no mercado paralelo”, ressalta o deputado.

Para Misael é um absurdo que um empresário pegue e depois venda crédito outorgado. “Então sou contra, porque se está vendendo é porque não está precisando e não está dando conta de gastar o dinheiro; então é um dinheiro que não pode ser dado, ao empresário; o empresário tem que ganhar o seu dinheiro trabalhando, e não de maneira fácil à custa de benefícios do Estado”, ponderou o parlamentar.

E acrescentou: “Espero que o governo corte imediatamente esses benefícios, esses créditos outorgados de exportação dos frigoríficos, que cortem os créditos da Bunge Fertilizantes, dos varejistas, para que o Estado possa ter a sua capacidade de investimento resguardada”.

Misael disse que já conversou com o governador sobre essa questão e que teve dele a afirmação de que já faz parte do planejamento, dentro da Secretaria da Fazenda, com estudos já avançados e que até janeiro as reformas estarão definitivamente concretizadas. "Inclusive agora no mês de dezembro deverão vir para a Assembléia Legislativa todos os projetos de lei na área tributária, fazendo essas correções”, finalizou.