A decisão do Ministério Público de propor ação civil pública contra 22 laticínios instalados em Goiás por colocar no mercado produto em desacordo com as normas legais, deixou o deputado Luis Cesar Bueno (PT) otimista com a possibilidade de a Assembléia instalar a CPI do Leite.

O deputado propôs a criação da CPI juntamente com os deputados petistas Mauro Rubem e Humberto Aidar, mas o requerimento – com 36 assinaturas - ainda não foi apreciado em plenário. “Entendo que é necessário apurar todos os fatos”, afirma o deputado, que vai tentar aprovar o requerimento na próxima semana.  

A ação do Ministério Público se baseia em dois laudos técnicos feitos pela Universidade Federal de Goiás (UFG) a pedido da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon) de Goiás. Os exames constataram irregularidades como quantidades de gordura, de vitaminas, sais minerais e proteínas inferiores ao estabelecido, bem como a presença de coliformes fecais e de soda cáustica em amostras coletadas.  

Os nomes comerciais dos leites fora dos padrões são: Campo Limpo, Leite Primor, Capilat, Leite Roma, Malibu, Nutrileite, Leite Lato, Vitalat, Leite Unibon, Goialac, Tayná, Leite Cristal, Danleite, Leite São Gabriel, Escolha Econômica, Dália, Gogó, Manacá light e integral, Big Leite, Marajoara, Leite Nívea, Deleit e Santa Rita, além do Leite Vitta e Leite Santos.