Ícone alego digital Ícone alego digital

Assembleia aprova Programa de Bioinsumos e mais três projetos

15 de Abril de 2021 às 18:00
Crédito: Maykon Cardoso
Assembleia aprova Programa de Bioinsumos e mais três projetos
Sessão ordinária - Remota
Com trabalhos conduzidos pelo primeiro vice-presidente da Casa, deputado Henrique Arantes, o Plenário aprovou duas matérias do Governo; a que institui em Goiás o Programa de Bioinsumos, e a que altera rendimentos dos serviços notariais de registro. Duas proposições assinadas por deputados também foram aprovadas na sessão ordinária remota desta quinta-feira, 15. Outros dois projetos, sendo um do Tribunal de Justiça, receberam emendas e seguiram para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A aprovação em fase definitiva do projeto de lei que incentiva a utilização de bioinsumos e sistemas de produção sustentáveis pelo setor agropecuário foi o destaque da sessão ordinária remota desta quinta-feira, 15. A matéria, que é de autoria da Governadoria do Estado, recebeu o sinal verde do Plenário, assim como outra proposição assinada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e duas assinadas por deputados. Duas proposituras, sendo uma do Tribunal de Justiça (TJ-GO), receberam emendas.

Nas discussões parlamentares, a transferência de imóveis para a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) foi o assunto de maior repercussão da tarde. Os trabalhos foram conduzidos pelo primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Henrique Arantes (MDB), de dentro do plenário Getulino Artiaga.

O projeto do Executivo que visa instituir em Goiás o Programa Estadual de Bioinsumos se encontra protocolado na Alego sob o nº 4536/21 e foi aprovado, em segunda fase de votação, por 25 votos favoráveis e nenhum contrário. A finalidade da proposição é de ampliar e fortalecer a adoção de práticas para a evolução do setor agropecuário, com a expansão da produção, do desenvolvimento e da utilização de bioinsumos e sistemas de produção sustentáveis.

“A proposta decorre da solicitação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), cujo objetivo primordial é posicionar o estado de Goiás como referência nacional em agropecuária sustentável, com o fortalecimento e a ampliação da utilização de bioinsumos”, coloca o governador Ronaldo Caiado (DEM), em justificativa encaminhada à Casa.

Ainda diz mais: “Com o lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos pelo Decreto nº 10.375, de 26 de maio de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sinalizou a necessidade de evolução do setor. Para isso, o desenvolvimento e a consolidação da utilização de bioinsumos como base da produção nacional seria indispensável”.

O Executivo esclarece que “em relação ao aspecto financeiro, a Seapa, por meio de sua Superintendência de Produção Rural Sustentável, salientou que se trata de uma norma programática, que não acarreta aumento de despesas para Goiás”.

A Governadoria assegura que a iniciativa trará benefícios a diversos segmentos. “Ressalta-se que os atingidos pela norma são: a sociedade civil goiana, que será beneficiada pelo posicionamento em busca da sustentabilidade e oferta de produtos mais saudáveis e seguros, as cadeias produtivas em toda a sua extensão; tendo em vista que a utilização de bioinsumos impactará diretamente na eficiência produtiva e competitividade e setor público, que se posicionará definitivamente como um dos principais incentivadores para essa evolução na produção agropecuária”.

Demais projetos aprovados na Ordem do Dia

Por 22 votos favoráveis e nenhum contrário, o Plenário aprovou, em primeira fase de discussão e votação, a propositura de nº 4534/21, de autoria do Governo, que visa alterar a Lei nº 19.191, de 29 de dezembro de 2015, que trata dos rendimentos dos serviços notariais e de registro. A proposta estabelece como regra a cobrança atrasada de rendimentos, acréscimos legais e despesas relativas a atos que praticarem os tabeliães de protesto de títulos ou os responsáveis interinos, disciplinando, ainda, exceções àquela cobrança. 

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás afirma que o propósito da matéria é fazer a adequação da lei em questão ao que dispõe o Provimento nº 86, de 29 de agosto de 2019, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece como regra a possibilidade de pagamento postergado de rendimentos, acréscimos legais e demais despesas, devidos pela apresentação de títulos ou outros documentos de dívida para protesto.

Os deputados precisarão dar seu aval positivo à propositura em mais uma fase de discussão e votação para que ela esteja apta a seguir para sanção do governador Ronaldo Caiado.

Também em primeira fase de discussão e votação, o Plenário aprovou dois projetos de autoria de parlamentares. Ambos receberam 23 votos favoráveis. Um deles, o de nº 4668/21, é de autoria do presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), e visa instituir o Protocolo Sinal Vermelho, de combate e prevenção à violência doméstica e familiar e a campanha estadual de divulgação do mesmo. O outro, de nº 4685/21, é assinado por Álvaro Guimarães (DEM), e dá denominação de Marcelo Wirgues à rodovia GO-487, na extensão do trecho entre as GOs 595 e 320.

Matérias emendadas

O deputado Delegado Humberto Teófilo (PSL) emendou, em Plenário, o projeto de lei nº 7779/19, de autoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que regulamenta a periodicidade do recolhimento do valor da renda líquida excedente do teto remuneratório constitucional pelos interinos responsáveis pelas serventias extrajudiciais do Estado de Goiás. Como foi emendado, o projeto retorna à apreciação da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). 

Ainda foi emendada, pelo mesmo parlamentar, a matéria de nº 7208/19, assinada pelo governador Ronaldo Caiado, que autoriza o Poder Executivo a transferir imóveis para a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego). A emenda inserida é outra que aguarda a análise da CCJ.

As duas proposições seguem, agora, à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) para que novos relatores manifestem parecer às emendas.

Debate

Presente no plenário da Assembleia, o deputado Delegado Humberto Teófilo foi à tribuna, durante a apreciação da Ordem do Dia, para rebater argumentos apresentados por colegas, durante o Pequeno Expediente de hoje, e apontar que a atual gestão estadual, segundo ele, está doando três glebas, somando mais de R$ 100 milhões, para a Companhia de Desenvolvimento. “A Codego vai doar uma dessas glebas (no valor de R$ 30 milhões), para a Enel, empresa que não tem compromisso com o consumidor goiano", disse Teófilo.

Mais cedo, o deputado Amilton Filho (Solidariedade) foi na direção oposta, ocupando a tribuna virtual para trazer um pedido de destravamento da proposta em nome da Codego. O parlamentar esclareceu que a proposição não está direcionando área a ninguém, apenas para a Codego, e o órgão, dentro das suas estratégias e dento das empresas que já possuem protocolo de intenções, assentará essas empresas na área doada pelo Estado. 

“É um projeto importante para a categoria. A presidência da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás entrou em contato conosco para pedir prosseguimento da tramitação do mesmo, que beneficiará a região de Anápolis. Podemos avançar tranquilo com esse processo”, garantiu Amilton. 

 

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.