Ícone alego digital Ícone alego digital

A prioridade para a vida

27 de Maio de 2022 às 11:35
A prioridade para a vida
Data celebra o trabalho de profissionais que cuidam da saúde humana, como biólogos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos, entre vários outros.

O Dia do Serviço de Saúde, também conhecido como Dia do Serviço de Saúde do Exército, surgiu de uma homenagem ao Patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro, João Severiano da Fonseca, que nasceu em 27 de maio de 1836. O general estudou medicina e, ainda quando estudante, prestou socorro à população durante a epidemia de cólera que assolou o Rio de Janeiro em 1855. Naquela época, ele foi homenageado pelo Imperador Dom Pedro II com a Comenda da Ordem da Rosa. Em 16 de agosto de 1940, o Decreto de Lei nº 2.497 formalizou o título atribuído ao general Dr. João Severiano da Fonseca como “Patrono do Serviço de Saúde do Exército”.

Atualmente, todos os profissionais civis que se empenham em garantir um atendimento e serviço de saúde com qualidade e dignidade devem ser lembrados, homenageados e valorizados nesta data, pois são eles que trabalham para tornar o mundo mais saudável, melhor e seguro para se viver. O Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução nº 287, de 8 de outubro de 1998, relaciona as seguintes categorias profissionais de saúde de nível superior para fins de atuação: assistentes sociais, biólogos, biomédicos, profissionais de educação física, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, médicos veterinários, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

“A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, estabelece, em seu texto do referido artigo 196, a Constituição Federal de 1988. Dessa forma, portanto, os profissionais acima relacionados somam esforços de modo voluntário, ordenado e estável, com o objetivo de obter benefícios para toda a sociedade brasileira.

Mas o que podemos de fato estabelecer como saúde? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estado de saúde não corresponde à mera ausência de doença ou enfermidade, mas à “completa condição de bem-estar físico, mental e social do ser humano”. Esse conceito, adotado em 1946, foi difundindo em todo o mundo, de modo que os estados brasileiros disciplinam a saúde não apenas como um direito individual de não sofrer violação por parte do poder público ou de terceiros (direito individual de defesa), mas também como um direito social de obter ações e serviços voltados à promoção, proteção e recuperação da saúde (direito social a prestações). 

Saúde X política

Importantes discussões sobre temas relacionados à saúde ganham vez e voz no Parlamento goiano. A Comissão de Saúde e Promoção Social da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) é presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB). Ele afirma que os benefícios para a sociedade são maiores quando as categorias da saúde caminham juntas. Para ele, “tratar a saúde de forma segmentada é um erro que gera muito prejuízo à sociedade. É preciso estimular o debate e as soluções coletivas para as demandas sanitárias.”

O deputado tucano, que também é médico, diz que é importante ter uma data para celebrar e valorizar esse conjunto de profissionais que têm como principal objetivo zelar pelo nosso bem-estar, pois a vida é o nosso bem maior e os profissionais de saúde são os guardiões desse patrimônio tão valioso.

Para Sebba, existem muitas discussões, algumas embrionárias ainda, acerca das políticas públicas de saúde, mas para a sociedade o fundamental é que esses serviços sejam sempre acessíveis. “As profissões relacionadas a esta área têm evoluído muito nas últimas décadas, aumentando a expectativa de vida e garantindo que os avanços alcancem toda a sociedade, e por isso mesmo, temáticas relacionadas à saúde são frequentemente discutidas com seriedade", observa o deputado.

“Como parlamentar, vejo com bons olhos essa preocupação com a saúde e sigo trabalhando para que os instrumentos do Legislativo, como as audiências públicas, se transformem em fóruns de discussão ampla e aberta a toda a sociedade”, atesta o presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social.

Também compartilha seu interesse pelas soluções dadas pela política a ex-deputada Rose Cruvinel, em entrevista ao projeto Mulheres no Legislativo, quando lembrou que seu interesse pela política decorreu da sua experiência como pediatra, ao ver coisas terríveis que aconteciam com as crianças e as dificuldades pelas quais elas passavam.

"Eu não entendia que era a política que resolvia isso, achava que era a medicina. Eu já era especializada em pediatria e, dez anos depois de formada, voltei à faculdade para me especializar como sanitarista, porque eu compreendia que médico tinha muito poder. O que eu descobri foi que médico sozinho não resolvia nada, quem resolvia eram os políticos”, relembra a ex-parlamentar.

Foi naquele momento, de acordo com a ex-deputada, que ela concluiu que a medicina e a política se completam e, portanto, percebeu que era necessário buscar iniciativas que pudessem garantir melhores condições de vida para toda a população.

Saúde X tecnologia

Mais de dois milênios se passaram desde que Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, inaugurou os primeiros cuidados médicos com a sua Teoria Humoral. De lá para cá, muitos paradigmas foram sendo quebrados ao longo do tempo, levando a sociedade ao acúmulo de conhecimento e desenvolvimento nas mais diversas áreas, especialmente, nas áreas tecnológicas, beneficiando em muito as ciências médicas e, por via de consequência, todos os demais serviços da saúde.

Pode-se dizer que o progresso da medicina está diretamente relacionado aos avanços tecnológicos. Corrobora essa máxima o diretor de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Alego, médico dermatologista Marcos Antônio Nogueira, quando elenca os enormes avanços realizados pelas ciências médicas que acabam por se estender aos demais serviços de saúde. Nesse novo contexto de integração é possível perceber que hoje é possível obter “um diagnóstico de doenças muito mais rápido, bem como a possibilidade de cura dessas doenças”, destaca.

Juntas, a medicina e a tecnologia, estão dando um grande passo na prevenção e tratamento de doenças, bem como, no aumento da qualidade e da expectativa de vida, por isso, estamos assistindo a população envelhecer cada dia mais. “As pessoas hoje estão vivendo muito mais e melhor”, aponta o diretor de Saúde da Alego.

Nogueira cita que as aplicações da Inteligência Artificial (IA), da Internet das Coisas (IoT) e do Big Data, a telemedicina, as cirurgias robóticas assistidas, os prontuários eletrônicos, a impressão de órgãos 3D, são todas inovações recentes da área de tecnologia que ajudam a medicina e as demais áreas da saúde a dar respostas mais rápidas aos pacientes e com maior precisão.

Elencadas acima, estas são soluções que, a cada dia, se mostram mais surpreendentes, mas as mudanças não param por aí. Somam-se a elas, a nanotecnologia, as células tronco, a epigenética, o implante de embriões, as vacinas com RNA mensageiro, todas essas são novidades que vêm sendo incorporadas na rotina de especialistas e começam a fazer parte do vocabulário coletivo, indicando que podem ser consideradas ferramentas importantes e, porque não dizer, um grande legado do século XXI.         

O resultado disso só o tempo dirá, mas o fundamental é que os profissionais dos mais variados serviços de saúde, continuem trabalhando em equipe e na mais perfeita sintonia. Só assim é possível promover um intercâmbio satisfatório de conhecimentos e técnicas, que auxiliam no desenvolvimento multidisciplinar de todos os profissionais que podem oferecer um tratamento diferenciado, elevando o bem-estar do indivíduo em seu modo de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.

Saúde X covid-19

O inimigo invisível, o vírus SARS-CoV2, inaugurou a maior e mais mortal pandemia já vista pelo homem moderno, mostrando seu poder de virulência, rapidez nos contágios e capacidade de mutação, impondo à ciência grandes desafios diários para conter seu avanço. Exatamente um século antes (1918-1919), a gripe espanhola havia infectado um terço da população do planeta, extinguindo 50 milhões de pessoas – o triplo do número de mortes causados na Primeira Guerra Mundial.

Numa rápida pesquisa na internet, é possível apreender os resultados da pandemia do coronavírus, que, lamentavelmente, ceifou milhões de vidas nesses últimos três anos. Os números de casos registrados mostram que, em todo o mundo, morreram aproximadamente 7 milhões de pessoas e, somente no Brasil, quase 700 mil brasileiros perderam a vida.  Apesar disso, nem de longe essa situação pode ser comparada às pandemias assistidas pelo mundo anteriormente, graças ao papel da ciência e das novas tecnologias adotadas em todos os serviços de saúde.

Considerada uma das piores pandemias já enfrentadas pelo mundo, a covid-19 mobilizou todo o globo e obrigou os cientistas a um trabalho árduo para entender rapidamente a dinâmica do vírus, colocando a ciência no centro de tudo. No Brasil, o sequenciamento do vírus foi feito em tempo recorde, através da bioengenharia, o que para o desenvolvimento de vacinas foi “um salto”, demonstrando que as crises também são uma oportunidade para evoluir e aprender. Nunca antes uma vacina havia sido disponibilizada em tão pouco tempo.

Afora isso, graças à ciência foi possível monitorar as variantes e avaliar quais eram mais virulentas, mais patogênicas, mais agressivas. Se de um lado, havia enorme esforço das autoridades para barrar o contágio, facilmente estabelecido graças à economia globalizada e à facilidade de locomoção entre os continentes, por outro lado, um enorme esforço estava sendo feito para que as vacinas fossem desenvolvidas em tempo recorde. Durante o período considerado mais crítico, o mundo inteiro praticamente se uniu na busca de soluções.

Um dos maiores legados da covid-19 foram as vacinas desenvolvidas em tempo recorde, sendo algumas inclusive com tecnologia inovadora como são o caso daquelas que utilizam o RNA (Pfizer e Moderna) e vetor viral (AstraZeneca), sendo essa última fabricada no Brasil pela Fiocruz. O Mundo disponibilizou seus melhores ativos para lidar com as consequências dessa doença, um evento singular na história da humanidade que conseguiu colocar a humanidade diante do espelho e, mostrar que por mais avançado e tecnológico que o mundo seja,  ainda assim, não tem resposta para tudo.

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.