Veter Martins sugere que empresa goiana de bordados seja reconhecida como patrimônio cultural goiano
Os bordados em roupas de algodão rústico, realizados pela Cabocla Milena Curado podem ser reconhecidos como Patrimônio Cultural Goiano. A propositura, de nº 230/23, é de autoria do deputado Veter Martins (Patriota).
Conforme a justificativa do parlamentar, Milena Curado, seguindo tradição familiar, começou bordando peças de roupa em algodão rústico e tecido utilizado pelos negros em Vila Boa de Goiás, nos séculos XVIII e XIX. Sempre refletindo as riquezas da região da cidade de Goiás.
O crescimento do trabalho de Milena resultou na formação da marca Cabocla Criações. Com o aumento da demanda, a marca procurou parcerias para incrementar a produção, surgindo, então, uma que é característica máxima desse projeto, a população encarcerada.
Veter explica que a parceria foi sedimentada com o apoio do Poder Judiciário, que incluiu esse trabalho realizado pelas reeducandas, no cálculo de remissão de pena (em que dia trabalhado desconta dia de pena a ser cumprido). Devido ao sucesso, a parceria atraiu a atenção da Pastoral Carcerária, contribuindo para a extensão do projeto para familiares de presos, suas esposas, e para os homens, que também passaram a se interessar pelo aprendizado do bordado.
”O resultado é a contribuição valiosa na ressignificação de vida e sentido das pessoas privadas de liberdade, reconstruindo sua dignidade e preparando sua reintegração à sociedade por meio de uma habilidade profissional, com a possibilidade de ter um meio de renda nessa trajetória de recomeço”, comenta o parlamentar.
O deputado ainda conclui que se trata de matéria pertinente à proteção ao patrimônio histórico, artístico, turístico e paisagístico do estado. Tendo incontestável contribuição cultural, econômica e social, merecendo ser reconhecida como um patrimônio cultural.
A propositura já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e está em tramitação na Comissão de Cultura, Esporte e Lazer, onde foi distribuída para relatoria do deputado Wagner Neto (Solidariedade).