Mudança do regime do Ipasgo preocupa a deputada Bia de Lima
Durante a sessão plenária desta quinta-feira, 23, a deputada Bia de Lima (PT) subiu à tribuna para discutir o projeto de lei da Governadoria, que altera a lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis do estado, de autarquias e fundações públicas. Ela declarou seu voto contrário à matéria.
Em seguida, a deputada também retomou a questão da mudança do regime jurídico do Ipasgo. Segundo ela, ontem os sindicatos dos servidores foram surpreendidos com o chamado do instituto para debater a nova figura jurídica que poderá se tornar o plano de saúde do Ipasgo.
Lima afirmou que está muito preocupada, porque a proposta já está pronta para ser apresentada à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para ser aprovada. “A gente tem 30 anos de serviço público,e quando faz a coisa sem dialogar, é porque boa coisa nem sempre é”, afirmou.
Ela anunciou que nesta sexta-feira, 24, vai acontecer uma audiência pública, na sede do instituto, para discutir e conhecer a proposta.
A petista também alegou que a proposta é tornar o Ipasgo um Serviço Social Autônomo, que, entre outras coisas, torna as referências vinculadas à Agência Nacional de Saúde, o que vai tornar obrigatórias as correções anuais tanto para os servidores, quanto para os agregados. “Só para se ter uma ideia, foi feita a correção agora, de 18,32%, relativa a quatro anos. Se estivesse ligada à ANS, nós já teríamos, só ano passado, um reajuste de 15%. E aí nossos salários não acompanham, e é muito prejudicial isso, porque vai ter uma disparidade grande entre o que se paga para o servidor público e o que ele vai pagar para o plano de saúde”, alegou.
Segundo a parlamentar, as 600 mil vidas cuidadas pelo Ipasgo estão ameaçadas de ter que mudar para outros planos ou ir para o sistema Único de Saúde. E revelou que está pedindo acesso aos números e à proposta antes de ser enviada à Casa e que espera fazer essa discussão mais vezes.
Lima disse ainda que não está criticando a proposta, mas está extremamente preocupada, já que os servidores quase sempre são pegos de surpresa, como aconteceu com a venda do Hospital do Servidor Público, construído com o dinheiro do servidor público e vendido “a preço de banana”, sem autorização dos servidores.