Durante a reunião da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizada nesta terça-feira, 28, para tratar da situação do sistema prisional goiano, o padre Geraldo Marcos, da pastoral carcerária de Itapuranga, fez uma intervenção preocupante sobre as condições de encarceramento dos presos na região. Ele relatou que há cerca de 80 presos distribuídos em sete celas na cidade e que a energia e a água foram cortadas nas celas de Água Fria de Goiás, além do banho de sol e as visitas estarem suspensas no local.

O padre também chamou atenção para a desativação do presídio de Piracanjuba, onde os presos foram transferidos sem poder levar cobertores, colchões, travesseiros, lençóis, toalhas e materiais de higiene. Ele afirmou que as famílias estão sendo obrigadas a comprar esses itens para os presos no novo presídio. No entanto, em Itapuranga, o problema da falta de energia e água foi resolvido com a instalação de chuveiros com placas solares em cada cela e ventiladores no ambiente comum que atendem todas as celas.

O padre relatou ainda que, durante a noite, é disponibilizado um rádio para os presos ouvirem notícias e que foi colocada uma luz no corredor para garantir uma iluminação mínima. Segundo ele, é possível humanizar as condições de encarceramento e oferecer condições mínimas de dignidade aos presos. A situação de desumanização que muitos presos enfrentam nos demais presídios da região pode e deve ser revertida.