Representante da Seduc debate protagonismo e desafios da educação indígena em Goiás
Na manhã desta quarta-feira, 19, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realiza uma audiência pública em alusão à Semana dos Povos Indígenas, com o tema "Povos originários: alteridade, violências e protagonismo". A audiência foi proposta pelo deputado Mauro Rubem (PT) e conta com a presença da gerente da Educação do Campo, Quilombola e Indígena da Secretaria de Educação (Seduc), professora Valéria Cavalcante da Silva Souza.
Em sua fala, a professora Valéria destacou a importância do evento: "Primeiro é uma honra estar aqui com vocês, em um dia importante como hoje no mês importantíssimo que marca o mês dos povos indígenas. Agradeço muito ao deputado Mauro Rubem por essa oportunidade".
A gerente da Educação do Campo, Quilombola e Indígena aproveitou a ocasião para ressaltar os avanços na educação indígena em Goiás, como o aumento no repasse de recursos para as escolas e a distribuição de equipamentos tecnológicos. Valéria afirmou: "Hoje, as escolas indígenas passaram a receber recursos, assim como as demais", afirmou.
Valéria também destacou o fortalecimento do protagonismo indígena na educação: "A Seduc sugere que nenhuma oficina, nenhuma palestra deve ser dada somente pelo não indígena. Esse movimento que a gente está fazendo fortalece cada vez mais o protagonismo do indígena".
A gerente ressaltou ainda a importância da educação intercultural e multilíngue para as escolas indígenas, mencionando a escola trilíngue na Aldeia Avá-Canoeiro, que trabalha com as línguas avá-canoeiro, tapirapé e portuguesa.
Valéria finalizou sua fala relembrando o primeiro concurso público para professores indígenas, realizado em 2022, e enfatizou que todos os avanços na educação indígena são fruto de um trabalho coletivo.
A audiência pública conta com a participação de diversos representantes de comunidades indígenas, autoridades governamentais e acadêmicas, e proporciona um espaço de debate e de troca de experiências sobre os desafios e conquistas na educação escolar indígena no estado de Goiás.