Deputada Bia de Lima defende importância de CPIs e aborda reforma agrária durante sessão ordinária
Na sessão ordinária realizada na manhã desta quinta-feira, 27, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), a deputada Bia de Lima (PT) fez uso da tribuna para expressar suas opiniões sobre a matéria em debate e abordou temas como o Enem, CPIs e a reforma agrária.
A deputada iniciou sua fala saudando a todos os presentes e destacando a importância de preparar os estudantes para obter sucesso no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ela expressou seu apoio à matéria neste sentido, assinada pelo deputado Karlos Cabral (PSB), ressaltando a necessidade de discutir a forma como essa preparação será realizada.
Em seguida, Bia de Lima abordou o tema das CPIs, mencionando a instalação da CPI do golpe e enfatizando que é um direito do Congresso Nacional realizar esse tipo de investigação. Ela defendeu a transparência e a busca pela verdade como papel do Legislativo, tanto no âmbito federal quanto estadual. "Esse é o papel do Legislativo, de buscar levantar, colocar luz e transparência às pautas que nem sempre tem tido clareza em seus devidos fins", afirmou a deputada.
A parlamentar também fez referência a críticas feitas por alguns deputados em relação à atuação do governo Lula e dos deputados da base governista no contexto das CPIs. Ela ressaltou que o medo de descobertas e a insinuação de invasão de terras em Goiás são infundados. "E nada melhor do que um dia após o outro, já diz o ditado. Há poucos dias aqui nessa casa, a gente ouviu de deputados dizendo: 'Por que será que o governo Lula e os deputados da base do nosso governo não estavam querendo a CPI do golpe?' Todo mundo falando e agora que a CPI está sendo instalada, já deu medo neste mesmo pessoal. Deu medo do que que pode advir, do que que se pode descobrir, e o que está sendo descoberto tem assustado muita gente, até as pessoas mais ousadas", destacou a deputada.
Além disso, a deputada Bia de Lima abordou a temática da reforma agrária, expressando seu apoio a esse processo. Ela defendeu o princípio de que a terra deve cumprir seu papel social e destacou a importância de critérios claros para evitar ocupações indevidas. "Eu defendo a reforma agrária e o princípio de que a terra precisa ter o seu papel social. Agora, é preciso critérios, e ninguém está aqui defendendo ocupação indiscriminada ou até mesmo indevida", ressaltou a deputada.
Bia de Lima ressaltou a importância de eliminar pré-conceitos e estereótipos relacionados à reforma agrária, enfatizando a alta produção de alimentos sem agrotóxicos realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ela mencionou a produção de arroz e café sem agrotóxicos como exemplos do potencial produtivo do movimento. "Aqui ninguém fala dos grileiros que ocupam terras produtivas, que ocupam terras devolutas. Por outro lado querem culpabilizar quem faz a defesa da produção e da terra. O MST tem alta produção, produção de alimentos sem agrotóxicos, produção importante. É um dos maiores produtores de arroz e de café sem agrotóxicos do Brasil e o pessoal não fala", argumentou a deputada.
Bia de Lima ressaltou que a reforma agrária é um investimento necessário para garantir qualidade de vida, produção e formação, além de contribuir para afastar a juventude de problemas como drogas e criminalidade. Ela enfatizou que a reforma agrária é um dos investimentos mais econômicos para o estado. "Eu entendo que a reforma agrária é sim o melhor investimento no sentido de garantir vida qualidade, formação, produção, e é o mais barato para o estado. É um dos investimentos mais baratos porque ali quando você fixa família na terra, você tem qualidade de vida, produção e valorização. Foge a juventude das drogas, do banditismo, de outras questões", concluiu a deputada.