Sindicato dos Delegados de Polícia de Goiás questiona a falta de dados concretos sobre a efetividade de câmeras em fardas
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sidepol), Adriano Souza Costa, ao fazer uso da palavra, apontou que o Legislativo, quando perde a capacidade de dar palco a uma discussão como essa, prejudica todo o funcionamento da sociedade. Ele apontou que, antes de aplicar políticas públicas baseadas em outros países, é necessário pensar no contexto brasileiro. “Eu, além de presidente do sindicato e cidadão, sou pesquisador e minha opinião aqui será baseada em conhecimentos científicos. Penso eu que precisamos buscar os balizamentos científicos quando vamos debater temas como esse. Minha tônica sempre foi dizer que as peculiaridades do Brasil não tornam factível, por exemplo, a implementação de políticas que funcionam em outros países, como Estados Unidos”, pontuou.
Adriano salientou, ainda, que é preciso ter maturidade de perceber que a importação de uma política pública não será a resolução do problema. Ele reiterou que existem métodos de fiscalização da atividade profissional do policial e que é preciso provas concretas para se desenvolver uma política pública. “É preciso pensar que existem rótulos constitucionais, órgãos já responsáveis pela fiscalização do trabalho policial. Faltam dados empíricos que provem que essa política pública (das câmeras) funcionará. Eu preciso de dados corretos para implementar políticas públicas de modo que ela, quando implementada, seja efetiva”, concluiu.