Por iniciativa do deputado Karlos Cabral (PSB), solenidade realizada nesta quinta-feira, 4, homenageou os dez anos de fundação do Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude, grupo denominado Cajueiro. Na sessão solene, além do tradicional Certificado do Mérito Legislativo, concedido pela Assembleia Legislativa, foi entregue, também, a Comenda Lourival Rodrigues da Silva, instituída pelo mandato de Karlos Cabral em homenagem a um dos fundadores do Cajueiro e militante da causa da juventude.

Além do presidente da sessão, Karlos Cabral, formaram a mesa de trabalhos o padre Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, Carmem Lúcia Teixeira Miriam Fábia Alves, a educadora Arilene Martins de Souza, fundadores do Cajueiro, além do integrante Washington Luiz Lopes Ferreira.

Em seguida, foi exibido um vídeo realizado pelo mandato de Karlos Cabral, em que diversos profissionais que passaram pelo centro enviaram mensagens ressaltando a história e a relevância do Cajueiro. O vídeo mostra os equipamentos e materiais adquiridos com recursos recebidos de emenda parlamentar destinada por Cabral ao grupo.

Em discurso, o deputado lembrou o fundador do Cajueiro e ex-servidor do seu gabinete Lourival Rodrigues da Silva, que morreu de câncer, em 2016. E destacou a importância da trajetória do líder da juventude, que foi personagem central e primeiro idealizador da criação da entidade. Ele também lembrou outra fundadora do Cajueiro e colaboradora de seu mandato, Janaína.

Cabral ressaltou que o evento da noite fazia parte de uma missão que ele carrega consigo, de democratizar o acesso ao Poder Legislativo e fazer com que a Assembleia seja, cada vez mais, de fato, a Casa do Povo. O parlamentar reafirmou o compromisso de seu mandato de fazer do Legislativo um ambiente de inclusão e de visibilidade de causas populares.

O Cajueiro também foi agraciado com uma Moção de Aplausos, para ficar registrado nos anais da Alego, o reconhecimento do mandato à importância da entidade para a juventude, especialmente os integrantes das minorias. Além da contribuição do Cajueiro com os direitos humanos, a educação popular, a inclusão social, a economia solidária, a comunicação não violenta, a cultura, o fortalecimento da rede de proteção às mulheres, entre outras causas.

“Essas são as lutas capazes de fazer acontecer a Terra sem males, as bandeiras que dignificam nossas histórias e aquilo que dá sentido ao trabalho de nossas mãos. São dez anos de trabalho, dez anos de qualidade, de cada associado e associada, de dedicação ao seu tempo e do seu jeito. Cada um contribui com essa construção e acumulam experiências e formações diversas, doando aquilo que aprenderam e favorecendo a formação das juventudes”, disse Karlos Cabral.

O deputado divulgou e pediu a contribuição de todos na campanha de arrecadação de recursos para aquisição de uma sede para o Cajueiro. As doações podem ser feitas pelo site www.doe.cajueiro.org.br.

Após a fala do deputado, artistas populares fizeram apresentações de rap e de cordel em homenagem ao Cajueiro.

Em seguida, a presidente do Cajueiro, Míriam Fábia Alves, fez uso da palavra. Ela iniciou dizendo do orgulho que tem em integrar o Cajueiro. A dirigente lembrou o fechamento da Casa da Juventude, em 2013, que deixou um vazio no grupo que trabalhava com a juventude naquele local. Foi a partir desse grupo que veio a ideia de fundar o Cajueiro, que segundo Míriam “é uma associação de pessoas que querem, acreditam e lutam com as juventudes, as causas da juventude, que merecem ‘ter vida e vida em abundância’. O Cajueiro nasce como nós: pobres, sem dinheiro, sem lugar fixo, mas com a gana das pessoas dispostas a viver e a fazer diferença”.

Após a entrega das honrarias, a educadora Cleidimar Aparecida de Mendonça foi convidada a falar em nome dos homenageados. Ela se ateve a destacar a trajetória de Lourival Rodrigues, lembrando fatos que marcaram a vida do militante da causa da juventude pobre e excluída.

Cleidimar classificou Lourival como amigo e companheiro. E pontuou que foram inúmeras ações realizadas pelo educador em favor das juventudes pobres, como a participação em publicações de cadernos e subsídios de formação para jovens e na organização para a oferta de cursos profissionalizantes, pré-universitários, de línguas e culturais.

Também em nome dos agraciados na solenidade, os outros integrantes da Mesa foram convidados a fazer uso da palavra.

Arilene Martins de Souza, que é educadora popular e integra a direção do Cajueiro, ressaltou que homenagens desse tipo são importantes, porque “abrem portas para a Casa acolher as pessoas negras, jovens, pobres, da periferia, com respeito e carinho. E com ações e políticas públicas que garantam a vida da juventude”.

O padre Labarrère Nascimento sublinhou que o futuro do mundo é de quem quer incluir e abrir oportunidades para todos. “E nosso grupo Cajueiro é assim”, destacou.

A professora Carmem Lúcia Teixeira afirmou que a Assembleia Legislativa precisa ser uma Casa de defesa da vida de todas as pessoas, inclusive da juventude preta e periférica. “Nós queremos acreditar na política, achamos que a política é um lugar que todos nós devemos estar. Nós queremos confiar, Karlos, que você vai somar nessa luta em defesa da juventude, para que a gente possa ter um mundo de segurança e proteção para toda a juventude ser o que ela quer ser.”