Quem também trouxe uma narrativa sobre alienação parental, durante a audiência pública que está sendo realizada pela deputada Bia de Lima (PT), foi a psicóloga do Núcleo de Vigilância às Violências e Promoção da Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), Maria Aparecida Alves. A audiência pública pretende debater “o direito e as políticas de enfrentamento à violência sexual da criança e do adolescente e os riscos da lei de alienação parental”, que faz alusão à campanha Faça Bonito. 

A psicóloga comentou que, nestes 26 anos de acompanhamento às pessoas em situação de violência, sempre é muito tocada quando auxilia as mães, isso porque, no seu entendimento a Lei de Alienação Parental é preconceituosa, anticientífica e precisa ser excluída do arcabouço jurídico, defendeu ela. 

“Essa lei só existe no Brasil e parte do pressuposto que a palavra da criança não vale. Esta lei é uma reação à Lei Maria da Penha e tem a pretensão de calar as mulheres, obrigando-as  a entregarem suas crianças aos seus ex-companheiros. Essa lei precisa ser revogada, entendo que isso é uma verdadeira armadilha. A Lei da Alienação parental é uma violência praticada contra as mulheres, crianças e adolescentes, um verdadeiro absurdo”, protestou.