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Por iniciativa de Bruno Peixoto, Assembleia Legislativa de Goiás promove homenagem aos 50 anos da Embrapa

23 de Maio de 2023 às 08:00
Crédito: Sérgio Rocha
Por iniciativa de Bruno Peixoto, Assembleia Legislativa de Goiás promove homenagem aos 50 anos da Embrapa
Sessão solene em comemoração aos 50 anos da Embrapa e de entrega de Certificado do Mérito Legislativo.

A ciência e a tecnologia para a produção de alimentos foram as pautas da noite dessa segunda-feira, 22, no Plenário Iris Rezende. Em sessão solene, os 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) receberam homenagem especial do Poder Legislativo estadual. 30 colaboradores da empresa foram certificados com o Mérito Legislativo.

A iniciativa da homenagem foi do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, com a intenção de reconhecer a Embrapa pelos relevantes trabalhos prestados, no âmbito da inovação e voltados para a geração de conhecimentos e tecnologias para a agropecuária brasileira.

A pedido do presidente Bruno Peixoto, que teve que acompanhar outras demandas urgentes, a sessão solene foi presidida pela deputada Bia de Lima (PT), que teve ao seu lado o colega de Parlamento, Mauro Rubem (PT), o Diretor-Executivo da Presidência da Assembleia Legislativa de Goiás, Rubens Kirsteim Júnior, o deputado federal Rubens Otoni (PT), o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Élcio Perpétuo Guimarães, a reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira de Lima, o prefeito de Santo Antônio de Goiás, Kléber Freitas, a vereadora por Itaberaí, Neli Gomes, e a vereadora Kátia Maria, representando a Câmara Municipal de Goiânia.

Além dos convidados dos homenageados e colaboradores da empresa, a solenidade ainda foi prestigiada pelo subsecretário de biodiversidade, conservação, segurança hídrica e saneamento da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Jorge Werneck, o assessor da presidência da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), professor Edward Madureira, e o ex-deputado federal, Euler Morais.

Ao fazer uso da palavra, o diretor Rubens Kirsteim Júnior destacou o histórico da empresa, ressaltando que ela foi criada no ano de 1973, com o intuito de desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical, voltado para a inovação, com foco na geração de conhecimentos e tecnologias para a agropecuária brasileira, assegurando ao Brasil segurança alimentar e posição de destaque no mercado de alimentos, fibras e energia.

Segundo ele, a empresa tem a missão de viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em permanente diálogo com produtores, organizações científicas e lideranças do Estado e da sociedade civil. “A Embrapa nos orgulha muito porque ela se pauta por alguns aspectos muito importantes. O primeiro: excelência científica em pesquisa agropecuária, visando qualidade e eficiência produtiva em cultivos e criações, sustentabilidade ambiental, aspecto sociais e parcerias com o setor produtivo”, destacou.

Kirsteim também ressaltou o papel dos servidores da Embrapa, o qual segundo ele, foram fundamental para que a empresa obtivesse os resultados que ela apresenta.

Por fim, o diretor afirmou que é pelo desempenho excepcional da Embrapa nesses 50 anos, que, em nome de Bruno Peixoto, cumprimentava a cada um dos homenageados. “Sintam-se em casa. Essa Casa é de vocês e essa Casa se curva a vocês pelo trabalho magnífico que realizaram ao longo desses 50 anos. Vocês dignificam e honram o nome da Embrapa e também do nosso país”, finalizou.

Em seu momento de fala, o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Élcio Perpétuo Guimarães, leu uma mensagem enviada pela nova presidente da Embrapa, Sílvia Maria Fonseca Silveira. No comunicado, a presidente sublinhou que é fundamental que a empresa atue junto aos diversos públicos do cenário da agricultura brasileira, que incluem o agricultor familiar, os povos originários, as comunidades tradicionais, os diferentes empreendedores da cadeia produtiva, o agronegócio e a indústria.

A mensagem ainda citou os desafios previstos daqui para frente, entre eles a garantia da segurança alimentar e nutricional, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o cuidado com os recursos naturais, a promoção do bem-estar e a qualidade de vida, com a redução das desigualdades e a democratização do acesso às tecnologias.

Em seguida Guimarães, afirmou que gostaria de contar um pouco da história da empresa. E começou revelando que, quando se formou e veio trabalhar na Embrapa em Goiás, o Brasil não tinha produção agropecuária. Os produtos eram importados, a carne vinha dos Estados Unidos, o leite, da Europa e o feijão, do México.

Segundo ele, a partir da criação da Embrapa, pesquisadores pioneiros foram buscar conhecimento para transformar essa realidade. O chefe da Embrapa lembrou que, nesse período, muitas foram as conquistas. Um exemplo dado foi de que a cesta básica do brasileiro custaria 50% mais cara se não tivéssemos as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa.

Outro resultado citado por Guimarães é a métrica desenvolvida pela empresa que mostra que, a cada real colocado em pesquisa na Empresa, a sociedade tem o retorno de R$ 34,70.

Além disso, a Embrapa gera quase 100 mil empregos. “Nosso balanço social mostra que a Embrapa não é só tecnologia na prateleira, mas é tecnologia lá no campo do agricultor, fazendo a diferença para aqueles que realmente precisam”, disse ele.

Ele citou como tecnologias que a Embrapa colocou à disposição da produção o uso dos bioinsumos na produção de soja, que eliminou a utilização do nitrogênio, gerando, além de uma economia de U$ 20 bilhões ao ano, uma produção muito mais limpa, sem a emissão de gases.

Outro exemplo citado pelo chefe da Embrapa é o zoneamento agroecológico, um programa disponível para celulares, que fornece todas as informações sobre a produção, o que diminui sobremaneira os riscos de perda da produção, gerando economia e ganho de produtividade.
Ainda de acordo com Guimarães, a Embrapa leva todas essas tecnologias aos produtores através de parcerias, a exemplo de instituições como a Emater e a Universidade Federal de Goiás.

Em seu discurso, o deputado federal Rubens Otoni também falou do valor da empresa e de seus servidores. Nas palavras de Otoni, se a Embrapa encerrasse hoje sua atuação, já ficaria na história por toda sua contribuição, mas que essa comemoração expressa o desejo de que a empresa continue o trabalho de excelência.

O deputado federal acredita que o desafio daqui para frente é pensar o que a empresa pode fazer nos próximos 50 anos. “Um país como o Brasil, que tem os desafios que tem pela frente, de poder fazer o seu desenvolvimento econômico e social, de combater as desigualdades existentes em nosso país, uma empresa como essa tem muito a contribuir. E nós, como sociedade, temos a obrigação, a responsabilidade de conhecer essa empresa para poder aproveitar esse potencial. Uma empresa como a Embrapa tem que servir para combater as desigualdades”.

Dando prosseguimento à solenidade, a deputada Bia de Lima e o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Élcio Perpétuo Guimarães, entregaram o Certificado do Mérito Legislativo aos servidores da empresa.

Ao fim da entrega das honrarias, o pesquisador Flávio Breseghello falou em nome dos homenageados. E iniciou afirmando que entende que as homenagens não são aos indivíduos, mas, sim, aos representantes da instituição Embrapa.

Segundo ele, todos os funcionários, e não apenas os pesquisadores, são importantes para o desenvolvimento da pesquisa científica. Em seguida, Breseghello traçou uma linha da evolução do trabalho ao qual ele chamou de milagre, que tornou áreas completamente improdutivas por suas características naturais, em grandes produtores agrícolas.

O funcionário da Embrapa continuou falando que um dos grandes desafios urgentes da produção agropecuária é a sustentabilidade, que ele acredita ser o novo milagre a ser realizado. Para ele, o que o Brasil já aprendeu há muito a fazer. “Teremos que construir a agricultura pós- petróleo, pós-agrotóxicos e isso será um desafio formidável para essa geração e para a próxima. Não vamos ficar esperando soluções que venham de fora, já aprendemos que temos que gerar nossas próprias soluções. Vamos desenvolver aqui a tecnologia que precisamos e que vamos precisar no futuro. E isso não será feito só pela Embrapa, mas por todo ecossistema de pesquisa agropecuária brasileiro, que está cada vez mais rico e mais forte”, disse.

Agência Assembleia de Notícias
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