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Cultura em foco

02 de Junho de 2023 às 12:40
Crédito: Denise Xavier
Cultura em foco
Seminário estadual de políticas culturais
Seminário sobre políticas culturais nesta sexta-feira, 2, tem manhã musicada e falas de representantes-chave do setor. Evento prossegue no período vespertino, com representantes do setor cultural local e da União.

Com programação estendida por manhã e tarde nesta sexta-feira, 2, o Seminário Estadual de Políticas Culturais teve início marcado tanto por falas de representantes do setor como por apresentações de dança e musicais. O evento ocorre no auditório Carlos Vieira, no térreo da Alego, e debate o Sistema Nacional de Cultura, Lei Paulo Gustavo e outros editais.

Compuseram a mesa de trabalhos, o deputado estadual Mauro Rubem (PT), representando o presidente da Assembleia, deputado Bruno Peixoto (UB); o diretor do Sistema Nacional de Cultura, Lindivaldo Oliveira Leite Júnior; o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, Pedro Wilson; o gerente de Planejamento e Monitoramento de Projetos Culturais eAartísticos, Iury Ercolani Moraes, representante da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás); o presidente da Associação dos Secretários e Gestores Municipais de Cultura de Goiás, Divino Allancaster; o coordenador do escritório do Ministério da Cultura em Goiás, Milton José; e a chefe da assessoria adjunta da Alego, Ana Rita.

Juntaram-se à mesa, posteriormente, a vereadora de Goiânia Kátia Maria (PT) e a prefeita de Lagoa Santa, Nucia Kelly (Cidadania).

A primeira apresentação foi da cantora Thainá Janaína e do grupo Batuque Feminista, que entoaram as músicas "O canto da cidade" (de Daniela Mercury e Tote Gira) e "Faraó" (de Luciano Gomes), essa conhecida em versão gravada por Margareth Menezes, a ministra da Cultura. Mais tarde, o cantor Wilson Ghandi tocou um blues e o Grupo Associação de Catireiros e Foliões de Aparecida de Goiânia se apresentou.

O evento terá um “viés muito técnico e didático” a respeito da captação de recursos via leis de incentivos, contribuindo para aprimorar os projetos culturais apresentados em Goiás, afirmou o diretor de Cultura, Esporte e Lazer da Alego, Juliano Santana, primeiro a falar.

Desafio

Representando a Secretaria de Estado da Cultura goiana, Iury Ercolani Morais falou dos desafios que os municípios enfrentam ao lidar com a Lei Paulo Gustavo. “É um montante de recursos muito grande e muitas vezes os departamentos de cultura têm um, dois, quando muito três servidores. É um desafio para os gestores municipais e para a Secult operacionalizar essa lei e fazê-la chegar lá na ponta, nas pessoas que fazem cultura.”

À tarde o seminário terá oficina sobre como acessar a lei, que foi batizada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo – falecido aos 42 anos, em 2021 – e destinará R$ 1,8 bilhão aos municípios, além de R$ 2 bilhões aos estados, para atender manifestações culturais e artísticas.

Mauro Rubem pediu aos presentes que tenham a Assembleia como um porto seguro para discutir, fazer, fomentar a cultura. O deputado disse acalentar a ideia de que o Auditório Carlos Vieira, onde está sendo realizado o seminário, fique “repleto de jovens e crianças que nunca foram ao cinema”, mas ressaltou o quanto a Alego já vêm promovendo iniciativas culturais. “Vocês não têm noção do quanto é importante abrir esta casa se abrir para a cultura.”

Presidente da Associação dos Secretários e Gestores Municipais de Cultura no estado, Allancaster destacou que muitos municípios goianos não têm, ainda, um conselho de cultura. “São poucos os gestores que entendem que cultura não é gasto, é investimento”, afirmou. Ele ressaltou que a associação que preside está em mais de 50 municípios do estado, mas enfrenta dificuldades para ser ouvida no interior. “A cidade que quiser participar da associação,sinta-se à vontade para nos procurar”, disse, afirmando que toda a diretoria da associação se faz presente no evento.

“A cultura é um traço que marca um povo”, declarou o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT), hoje superintendente do Iphan em Goiás. "Lembrar da cultura é a vontade de ser alegre, não triste", disse também, destacando nomes da área como o da poetisa Cora Coralina.

Diretor do Sistema Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura (Minc), Lindivaldo Júnior detalhou o novo arranjo institucional da pasta – que ganhou novas estruturas – e como isso impacta quem lida com política cultural nos estados. Júnior destacou a importância de as políticas públicas culturais não ficarem sujeitas à sazonalidade, não serem interrompidas por preferências de cada novo turno de políticos. Ele falou da importância da atuação de “gestores culturais, sociedade, artistas, para que se fortaleça um sistema público de cultura” que permita enfrentar essa descontinuidade.

Após as falas, houve abertura para uma série de perguntas da plateia.  

Agência Assembleia de Notícias
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