Julho Verde

A Assembleia Legislativa de Goiás aderiu à campanha Julho Verde, mês dedicado à conscientização, prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço, fundamentada na Lei 21.957/2023, de autoria do deputado Gustavo Sebba (PSDB), e sancionada pelo Poder Executivo. Com isso, o prédio da Casa ficará iluminado com a cor verde durante todo o mês de julho para reforçar a participação na campanha.
O objetivo do Julho Verde é, além de alertar e promover debates sobre o tema, disseminar informação sobre os riscos, danos e formas de prevenção, causas de desenvolvimento e outras informações relevantes relacionadas ao câncer que afeta a região da cabeça e do pescoço.
O deputado Gustavo Sebba (PSDB) disse que o Julho Verde, assim como outras campanhas tradicionais, a exemplo do Outubro Rosa e Novembro Azul, tem a intenção de despertar na população a importância da prevenção do câncer de orofaringe, cabeça e pescoço. “É uma campanha que lançamos há um bom tempo, para que julho seja um mês de conscientização, onde trabalhamos com a informação da doença, as formas de prevenção do câncer de orofaringe e ações para combate”, disse.
Sebba ainda colocou que há uma preocupação com essas doenças, devido ao alto índice de pessoas com esse tipo de câncer. Ele afirma que o mês é um reforço para a orientação da enfermidade para a população que não possui informações sobre o tema. “Pessoas podem ver ações em prol do Julho Verde na Assembleia e se interessarem para, assim, poder entender melhor sobre a doença e as formas de prevenção”.
Gustavo afirmou que a Assembleia Legislativa de Goiás, junto ao poder público, tem a obrigação de sanar, minimizar e conscientizar as pessoas sobre a campanha. “As pessoas olham o prédio da Alego todo iluminado de verde e questionam: ‘Por que está verde? Porque faz parte da campanha Julho Verde’ e, com isso, elas vão perguntar sobre o que é essa campanha. Isso faz com que mais pessoas fiquem informadas sobre o que trata essa ação e, consequentemente, entende sobre a doença e as formas de prevenir”, disse o parlamentar.
Ele, por fim, acrescenta que o Poder Executivo tem a obrigação, através do Sistema Único de Saúde (SUS), de uma maneira tripartite, com o governo federal, prefeituras municipais e governo estadual, de garantir o acesso do paciente a um médico especialista, a um tratamento quando necessário, como quimioterapia e radioterapia. “Nós temos sempre lutado para uma descentralização de uma medicina de especialistas no estado. Nós temos ambulancioterapia, mas, infelizmente, no interior é muito difícil ter acesso a uma medicina especializada e isso acaba se concentrando na capital e atingindo a população de uma forma que não deveria”, ressaltou.
Sobre a doença
O câncer que afeta a cabeça e pescoço é o segundo mais fatal entre as doenças adquiridas pelos brasileiros, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, o câncer afeta, em média, 15 mil pessoas ao ano, sendo que, dessas, 6 mil vão a óbito. Os tumores podem atingir a cavidade oral, afetando lábios, língua e boca, laringe, faringe, seios paranasais, cavidade nasal, glândulas salivares, ossos da face, tireoide e pele. O câncer de boca é o mais frequente entre os homens e, nas mulheres, é o de tireoide.
Segundo especialistas, quando detectado no início as chances de um bom tratamento e, consequentemente, de cura são grandes. Entre os principais fatores do surgimento da doença está o tabagismo alinhado com o alcoolismo, fazendo com que aumente em até 6 vezes a chance de adquirir a enfermidade.
Os médicos, ainda, pedem a atenção para possível surgimento de mancha branca ou vermelha na boca por mais de 15 dias em um indivíduo que fuma e bebe. É recomendado que seja feito um diagnóstico com especialistas para identificar a lesão.
Prevenção
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) alerta que o tabagismo (fumo) e o etilismo (álcool) aumentam em mais de 30 vezes a chance de ter câncer na cavidade oral. Por isso, a recomendação é de evitar esses hábitos e manter uma alimentação saudável. Visitas regulares ao dentista possibilitam um diagnóstico precoce. Além disso, recomenda-se o uso de protetor solar nos lábios e relações sexuais com preservativos, a fim de evitar as infecções por HPV.
Segundo o Inca, em média 76% dos casos atuais são diagnosticados em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, além de elevar a taxa de mortalidade. No entanto, se diagnosticado no início, aumentam as chances de cura.