Valorização da cultura e da arte
Data celebra as diversas expressões artísticas, como a música, a dança, o teatro e a literatura. Além disso, o marco reforça a importância de reconhecer as atividades como fundamentais para o desenvolvimento humano. A escolha da data foi em função da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em 1816, atualmente a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
No pequeno e simpático distrito de Olhos D’Água, na cidade de Alexânia, duas vezes por ano, acontece um evento que leva milhares de pessoas ao vilarejo. A Feira do Troca, realizada desde 1974, movimenta Olhos D’Água e ajuda a impulsonar a economia e o turismo da cidade, gerando divisas para os moradores, que trocam diversos produtos durante a feira. A estimativa é de que entre 10 e 15 mil pessoas visitem o distrito a cada edição do evento.
O forte da feira é a exposição de peças artesanais feitos pelos moradores e por artistas de outros lugares, que a cada montagem, feita em junho e em dezembro, expoem sua produção. São quadros, bonecos de crochê, santos de palha, bordados e mais uma infinidade de itens, que atraem gente de longe e de perto. Ainda tem a realização de oficinas de arte, apresentações de dança e música.
Para garantir a continuidade da realização da Feira do Troca, um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) propõe o reconhecimento da Feira do Troca como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Goiás.
A propositura é do deputado Delegado Eduardo Prado (PL), que defende que o evento é "um verdadeiro sucesso tradicional, tendo sua fama, atravessado fronteiras, com seu maior atrativo sendo o resgate de um importante traço cultural da região: a 'gambira' ou a 'catiragem' (escambo). O evento criou um canal de escoamento da produção artesanal local. Assim, a população encontrou meios para adquirir gêneros de primeira necessidade em troca de seus produtos artesanais", alega.
O parlamentar argumenta ainda que o evento reúne manifestações artísticas e culturais da região “e visa resgatar a cultura regional, apoiar a manifestação das raízes culturais, valorizar os artistas locais, divulgar a importância da cultura para formação da identidade do povo goiano, incentivar a arte, a literatura, a dança e a música, como forma de fortalecer o segmento e propiciar a geração de empregos e renda”.
Esse é apenas um, dos projetos que tramitam na Casa, que tratam da valorização da cultura e da arte, aspectos essenciais para existência humana.
Assistir a um filme, ler um livro, ouvir uma música, ver uma peça de teatro. Práticas que nos despertam vários sentimentos e sensações. Também são capazes de nos ensinar sobre vários assuntos, conhecer lugares sem nunca tê-los visitados, despertar nossa imaginação.
O que é arte?
Para o artista e professor da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, Rubens Pileggi, não há um conceito fechado sobre o que é arte, já que como quase tudo na vida, está em constante transformação. Além disso, a percepção da arte está no campo do entendimento subjetivo de cada um. "No meu entendimento pessoal, arte é aquilo que chega ao coração, à sensibilidade", ensina.
O artista plástico Isac Reis, acredita que a arte é uma forma de expressão que tem o poder de liberar a criatividade humana. Tanto para quem faz, quanto para quem consome arte. "A arte faz pensar, tem o poder de transformar a mente humana, além de despertar emoções. Ela tem uma mensagem a passar. Sem a arte, o mundo seria muito mais cruel", avalia o pintor.
O professor Pileggi lembra ainda que a arte é humanizadora e que tem resistido ao longo do tempo. "Ao mesmo tempo que temos visto agora mesmo, uma tentativa de demonização da arte, os artistas goianos estão brilhando no mundo, como Siron Franco, Dalton de Paula, Marcelo Solá. Tem muitos jovens surgindo e fazendo sucesso. Isso só para ficar nas artes plásticas. Mas temos artistas na música e em todas as manifestações. Há um caminho e um caminho bem sedimentado", diz ele.
Alego abre as portas para a arte
Desde o início da atual gestão, a Assembleia Legislativa se tornou uma espécie de centro cultural, sediando diversas atividades artísticas e culturais. Por determinação do presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), o Palácio Maguito Vilela abriu suas portas para as artes e os artistas. “Esse espaço é para a cultura, é para os artistas se mostrarem à comunidade goiana. E peço ao diretor cultural que promova eventos desse tipo, pelo menos, duas vezes por semana”, anunciou Bruno Peixoto, na abertura da Casa para eventos culturais, no mês de fevereiro desse ano.
No primeiro semestre, foram realizadas exposições, shows de música, apresentações de catireiros e de fiandeiras, entre diversas outras manifestações. Para essa segunda metade de 2023, já estão previstas várias outras atividades. A novidade é que os funcionários que também são artistas, poderão se apresentar no espaço da Alego. As inscrições para os interessados estão sendo feitas na Seção de Atividades Culturais, até o fim do mês de agosto.