Talles Barreto pede reconhecimento oficial para festa religiosa de Formosa
De autoria do deputado Talles Barreto (UB), começou a tramitar na Alego o projeto 7095/23, que propõe reconhecer a Festa do Divino Espírito Santo, realizada no município de Formosa, como patrimônio cultural e imaterial goiano. Além disso, o texto propõe incluir a festividade no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado de Goiás. A propositura será encaminhada para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
“A Folia do Divino Espírito Santo é uma das mais importantes celebrações do calendário de Formosa, caracterizada como popular, folclórica e religiosa, movimentando o município e recebendo milhares de pessoas todos anos durante a festa”, anota Talles Barreto em suas justificativas.
De acordo com o parlamentar, uma particularidade característica da festa em Formosa é a existência de duas festas simultâneas: Folia da Cidade e Folia da Roça, onde acontece também a Folia Mirim composta pelas crianças da rede municipal de ensino. “Ambas as festividades levam o anúncio do Espírito Santo e se unem no sábado, véspera de Pentecostes, momento em que é oferecido um almoço comunitário no 'Divinódromo', local construído para a junção das folias.”
De acordo com o texto do projeto, a Festa do Divino Espírito Santo no Arraial dos Couros, hoje Formosa, teve a sua origem em 1838, através da Lei Provincial de Goiás e por iniciativa do padre Joaquim Antônio da Rocha. A festa chegou a Formosa através do Vale de São Francisco, de São Paulo e de Minas Gerais, trazida pelos tropeiros do gado, que naquela época vinham a Formosa (Arraial dos Couros) para negociar.
Talles explica que se trata de uma manifestação popular, que une a espiritualidade e o folclore para agradecer ao Espírito Santo os dons e as graças recebidas durante o ano anterior. “É realizada com donativos e seu espírito é de promover um dia de muita fartura, de abundância, quando quem nada tem recebe de graça. A folia se manifesta como um festejo, recheado de ritos, crenças, expressões estéticas, performances, rezas e danças regionais”, salienta.