Na manhã desta quinta-feira, 18, durante a sessão deliberativa ordinária no Plenário Iris Rezende Machado do Palácio Maguito Vilela, o deputado Paulo Cezar Martins (PL) subiu à tribuna para um discurso em defesa dos produtores do município de Quirinópolis, especialmente no que tange suas relações com a empresa Boa Vista. Segundo o parlamentar, apesar do reconhecimento ao papel do agronegócio no sustento do País e, particularmente, do Estado de Goiás, é imperativo discutir a atual dinâmica entre a empresa e os produtores locais.

"A Boa Vista, apesar de ser uma empresa extraordinária, está sufocando nossos produtores. E isso não pode continuar. Precisamos estabelecer um diálogo mais justo e equitativo", afirmou Martins, evidenciando a preocupação com o desequilíbrio nas negociações comerciais que afetam diretamente os agricultores da região.

O deputado ressaltou a importância do agronegócio para a economia local, incluindo a geração de Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). No entanto, destacou que os produtores merecem um tratamento justo e pagamentos adequados pelos seus produtos. "É uma defasagem muito grande onde a usina está desconsiderando o produtor da cidade de Quirinópolis."

Em um tom mais assertivo, Paulo Cezar Martins mencionou a possibilidade de tomar medidas drásticas caso não haja uma mudança de atitude por parte da empresa. "Se for preciso, vamos apresentar até uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para chamar o Estado, a usina e os produtores para poder conversar", declarou, mostrando sua disposição em intervir de maneira significativa para resolver a situação.

O parlamentar também enfatizou sua dedicação e seu compromisso pessoal com a causa, remetendo às suas raízes: "Sou filho de Quirinópolis e nunca me escondi. Estarei junto para poder assumir minha posição como produtor e defender a classe".

Ao final do discurso, o deputado expressou otimismo em relação ao futuro das negociações, apostando na responsabilidade da usina em rever suas práticas. "Tenho certeza que a usina vai rever essa situação e vai dar aquilo que os produtores merecem", concluiu.