Parlamento comemorou o jubileu de prata da Universidade Estadual de Goiás em sessão solene na noite dessa 5ª-feira
Em solenidade proposta por Antônio Gomide (PT), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) comemorou os 25 anos da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em sessão solene na noite dessa quinta-feira, 25. Na oportunidade, servidores, professores e outros integrantes da comunidade universitária foram agraciados com o Certificado do Mérito Legislativo, pela contribuição da UEG para a educação e desenvolvimento do Estado.
Gomide comandou os trabalhos e chamou para compor a mesa diretiva: os coordenadores da UEG, unidade Quirinópolis, Roberto Barcelos Souza; Campus Central Dr. Henrique Santillo, Elton Fialho dos Reis; Campus Formosa, Arlete de Freitas; Campus Cora Coralina, na cidade de Goiás, Débora Magalhães de Barros; Campus Sul Morrinhos, Júlio César Meira; Campus Uruaçu, Jordana Fernandes de Castro; a coordenadora-geral da unidade de Anápolis, Kezia Rodrigues; e, ainda, o presidente da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo Moreira.
O ex-prefeito de Anápolis Pedro Sahium também esteve presente na plateia, prestigiando a solenidade.
Em seu discurso, Antônio Gomide afirmou que a história da UEG, iniciada em 1999, é de muita beleza, mas também de muita resistência e resiliência. “Uma história contada por números grandiosos. Hoje, são oito campi, instalados em todas as regiões do Estado, compostos por 33 unidades, implantadas em 32 municípios. A nossa Universidade Estadual de Goiás conta com mais de 13 mil alunos matriculados, distribuídos em 21 cursos de bacharelado, 11 de licenciatura, 16 de mestrado, dois de doutorado e oito cursos tecnológicos.”
O deputado disse que 110 mil estudantes já foram diplomados pela UEG e sublinhou a contribuição da universidade em dar acesso ao ensino superior a alunos carentes. “São famílias majoritariamente de baixa renda, pois 78% dos matriculados na UEG são de famílias cuja renda familiar é de até três salário mínimos.”
Ideais pioneiros
Segundo Gomide, a UEG surgiu, em Anápolis, dos ideais pioneiros que atenderam à expectativa dos goianos, se materializando com a fusão da Universidade Estadual de Anápolis (Uniana) com a Escola Superior de Educação Física de Goiás (Esefego) e a junção com instituições de ensino espalhadas em cidades do interior do Estado.
O parlamentar destacou que a universidade nasceu da necessidade de preparar o Estado para os desafios do terceiro milênio, em que a sociedade precisa cada vez mais da ciência e do conhecimento. Gomide lembrou a importância da instituição como formadora de professores, especialmente para a rede pública de ensino. “Eis aqui a razão de, mais uma vez, ressaltarmos a importância estratégica da UEG para o desenvolvimento do nosso Estado e de nosso País.”
Em seguida, foi exibido um vídeo institucional apresentando a Universidade Estadual de Goiás.
Antes de dar sequência aos discursos, o Coro Italiano Toscanelli, sob a regência do maestro Cardoso Filho, fez uma apresentação musical, cantando três clássicos da música italiana.
Reflexão
Em seu pronunciamento, o presidente da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo Moreira, ressaltou que a data marca também um momento de reflexão sobre o papel dos professores no processo de formação e de libertação dos homens. Segundo ele, os professores vivem sobrecarregados com os deveres da profissão e, na UEG, eles ainda precisam lutar por condições mínimas de trabalho e discutir a organização da instituição.
Souza revelou que no dia houve um avanço nas negociações. “Hoje nós conseguimos um acordo com o Governo, no qual aqueles que estão na fila há mais de cinco anos, seis anos ou dez anos vão conseguir avançar e ser enquadrados no novo Plano de Carreira e Remuneração. Essa é uma luta coletiva. Uma parte, pelo menos, foi vencida.”
O coordenador da UEG de Quirinópolis, Roberto Barcelos Souza, discursou, em seguida, em nome dos coordenadores. Ele agradeceu, em nome da comunidade universitária, pela homenagem recebida. O docente cumprimentou os servidores, professores e alunos, razão da existência da universidade.
Souza lembrou que a pauta da interiorização do ensino superior é uma bandeira que a UEG representa, sendo a instituição de ensino superior no Estado que, se não for a maior, é uma das que mais têm matriculado alunos de diversos municípios goianos. “Esse sentido e essa dificuldade de inserção no interior faz ela ter um brilho especial. E esse brilho é por vocês, estudantes dessa nossa universidade.”
Souza citou a importância da UEG na formação dos professores para atuação na educação básica em Goiás. “Imaginem a história da educação no Estado sem a formação de professores instaurada pela UEG nesse breve histórico”.
Em seguida, os homenageados receberam, do deputado Antônio Gomide, o Certificado do Mérito Legislativo e, após a entrega, a coordenadora-geral da unidade de Anápolis, Kezia Rodrigues, também fez uso da palavra.
Capilaridade
Ela afirmou que, embora seja importante celebrar e refletir sobre os 25 anos da UEG, a instituição vem de um tempo anterior. E lembrou que o primeiro registro da UEG é de 1961, quando foi criada a Faculdade de Ciências Econômicas de Anápolis; em seguida veio a Esefego e a Faculdade de Filosofia de Goiás e, nos anos seguintes, outras faculdades isoladas, que foram reunidas em 1999 e se tornaram a UEG.
Kezia disse que a capilaridade, que é a marca da criação da UEG, é uma das grandes vantagens oferecidas pela instituição. “Pelo nosso espraiamento, estamos onde precisamos estar. Estamos no interior, estamos às margens, estamos onde as outras não podem ou não querem estar, lá está a UEG. Oferecemos ensino público, gratuito e de qualidade. Oferecemos ensino na Capital, na nossa sede, que é Anápolis, e em algumas dezenas de outras cidades esparramadas por todas as regiões goianas.”
A gestora destacou, como desafios da UEG, a busca pela identidade e pela autonomia da instituição, mas ressaltou que essas são lutas de toda a comunidade, que já vêm de um longo tempo e têm alcançado algumas conquistas “Estamos e sempre estivemos caminhando e lutando para construir uma UEG que nos orgulhe cada vez mais”.