Durante o Pequeno Expediente de hoje (19), Mauro Rubem (PT) abordou pontos críticos na saúde estadual, como as dificuldades nas gestões dos hospitais goianos sob contrato com as Organizações Sociais, as chamadas OSs da Saúde.

"Os trabalhadores sob tais contratos", alguns deles presentes na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, "estão sendo penalizados pelo modelo de gestão", afirmou o petista. Na visão do parlamentar, o modelo “é nocivo à saúde pública e, diretamente, aos trabalhadores”.

Mauro Rubem citou exemplos de má gestão em Jaraguá, São Luís de Montes Belos e Itumbiara, geridos pelo Instituto Gênesis, e apontou que a empresa “deu calote em vários trabalhadores, só entre os médicos foram quase R$2 milhões”.

Ele seguiu com o exemplo do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), e citou a necessidade de intervenção estadual na unidade gerida pela OS Instituto CEM. Segundo o petista, para gerir o Hugo foi feito, primeiramente, um contrato de R$21 milhões, seguido de uma nova licitação, estimada em quase R$28 milhões. Agora, ainda de acordo com o parlamentar, há um contrato emergencial estimado em R$40 milhões por mês com a OS do Hospital Einstein.

Rubem afirmou que são 1.400 trabalhadores e trabalhadoras prejudicados com atrasos nos salários. “Não podemos deixar isso acontecer. Isso virou um caso de benefícios e valores astronômicos”.

Ao posicionar-se contra o sistema de terceirização, hoje vigente na Saúde, o deputado afirmou que o modelo “é um sumidouro de dinheiro”. Ele citou denúncias e processos ilícitos, e cobrou um posicionamento, por parte do Governo Estadual, quanto à resolução da questão. “A Assembleia precisa fazer uma força-tarefa para garantir que esses trabalhadores que atenderam à população não sejam prejudicados”, defendeu.

Ao encerrar seu pronunciamento, Mauro Rubem questionou o quanto o Estado de Goiás está perdendo com as OSs. "A redução de pessoal e de salários, entre outros, diminuem a qualidade no atendimento à saúde da população", argumentou por fim.