Bia de Lima alcança onze leis sancionadas neste ano. Destaque para o fomento ao empreendedorismo feminino
Ao longo do primeiro semestre de 2024, onze matérias de autoria da deputada Bia de Lima (PT) foram aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e sancionadas pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Entre as proposituras de destaque, já em vigor, está a Lei Estadual n° 22.853/24, que altera a Lei nº 21.505, de 14 de julho de 2022, que institui a Política Estadual de Estímulo ao Empreendedorismo Feminino.
As alterações incluíram, na referida legislação, a obrigação de estimular a adoção de medidas para garantir a igualdade de gênero e o empoderamento econômico das mulheres empreendedoras, a inovação, a pesquisa e o desenvolvimento de novos negócios liderados por mulheres e ainda a disponibilização de instrumentos de formação de networking como palestras, encontros presenciais e pela internet e mentorias especializadas para fortalecer o empreendedorismo feminino, dentre outras medidas.
Também recebeu sanção do Executivo, a Lei nº 22.636, que altera a Lei nº 19.767, de 18 de julho de 2017, que institui a Política Estadual de Compra da Produção da Agricultura Familiar.
A lei prevê que, para promover a inclusão social e econômica dos agricultores familiares, a política estadual siga as seguintes diretrizes: estímulo à disponibilização de programas de capacitação em gestão agrícola, emissão de documentos fiscais e cumprimento de normas fitossanitárias; estímulo à implantação de sistema de alerta para fornecer informações sobre clima, pragas e doenças agrícolas; estímulo à disponibilização de linhas de crédito para custear perdas de produção e estímulo ao oferecimento de acompanhamento técnico contínuo por extensionistas rurais.
Outra lei, de autoria de Bia de Lima, é a de nº 22.593/24, que institui a Política Estadual de Incentivo à Economia Circular, entendida como o sistema de produção e de consumo que viabiliza o reaproveitamento, a reparação, o recondicionamento e a reciclagem de materiais e produtos.
A legislação prevê redução dos materiais, insumos e resíduos dos processos produtivos; transparência nas relações de consumo; direito à informação; responsabilidade ambiental compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; eficiência no uso dos recursos naturais e desenvolvimento econômico associado a boas práticas de produção e consumo.
Projetos de lei em tramitação
Em 2024, a deputada Bia de Lima foi a autora de outras 68 proposituras nos primeiros seis meses do ano. É destaque o projeto de lei nº 13651/24, que dispõe sobre a criação e implementação de salas de escuta especializada para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência em Goiás. O processo encontra-se em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde foi distribuído ao relator, deputado Coronel Adailton (Solidariedade).
O objetivo, conforme a propositura, é garantir a proteção e o acolhimento adequados para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência no Estado de Goiás.
“A escuta especializada, realizada em locais apropriados que disponham de brinquedotecas e profissionais capacitados, visa a proporcionar um ambiente seguro e confortável para que as crianças e adolescentes possam relatar os abusos sofridos de maneira livre e sem traumas adicionais”, salienta Bia de Lima.
A medida também tem a finalidade de assegurar a privacidade e a dignidade dos menores, aspectos essenciais, segundo a matéria, para a eficácia do atendimento e do apoio psicológico. “A priorização dos municípios com maiores índices de violência contra crianças e adolescentes para a alocação de recursos estaduais reflete o compromisso com a equidade e a justiça social, direcionando os esforços e investimentos para onde são mais necessários”, destaca.
Outra matéria em tramitação na Casa, de autoria da parlamentar, é o projeto de lei nº 13650/24, que institui o Programa de Atenção Humanizada nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs) de Goiás. O projeto também está em tramitação na CCJ, onde aguarda relatoria do deputado Cristiano Galindo (Solidariedade).
Bia de Lima aponta como justificativa à proposta a Constituição Federal (CF), que, no artigo 6°, estabelece a saúde como direito social dos cidadãos brasileiros, que deve ser promovida e ofertada a todos em um esforço conjunto do Estado, da família e da sociedade.
Diante da afirmativa, a parlamentar afirma que, a depender do caso, o quadro clínico de um indivíduo pode exigir diferentes níveis de cuidado. Em função das delicadas circunstâncias que envolvem a internação de um paciente em uma UTI ou CTI, torna-se, de acordo com Bia de Lima, essencial a oferta de um atendimento humanizado para o enfermo e para os familiares.
“A propositura busca a promoção de um ambiente de acolhimento para os envolvidos, de forma a oferecer amparo e apoio em um momento de grande fragilidade. A atuação de uma equipe multidisciplinar é, pois, elemento fundamental para o tratamento do indivíduo para além de sua condição científica e biológica, compreendendo-o como um ser humano que carece de cuidados psicológicos e sociais”, justifica a deputada.